Violeta Parra

Estou na minha última semana do curso de Espanhol. Época de fazer provas, entregar e apresentar trabalhos.

Um deles consistia em preparar uma apresentação sobre um personagem chileno. Eu escolhi Violeta Parra.

Para quem não a conhece, certamente, já deve ter escutado alguma canção de sua autoria na voz de Mercedes Sosa, ou de algum cantor brasileiro.

Violeta era música e compôs canções famosas como “Volver a los 17” e “Gracias a la vida”.

Se você nunca escutou esse nome, não se preocupe. Eu também nunca tinha ouvida falar em Violeta Parra antes de viver em Santiago.

Foi no Centro Cultural La Moneda, que tem uma sala dedicada ao trabalho desta importante artista chilena, que conheci parte do seu legado.

Além de música, Violeta era artista plástica. Produziu obras em papel mache, pintura a óleo e bordados. Tudo isso está no acervo que fica em exposição permanente no La Moneda.

Quando fui pesquisar mais sobre a vida desta chilena, fiquei encantada. Violeta foi a primeira artista latino-americana a expor sozinha seus trabalhos no Louvre, em Paris.

Ela começou a compor suas primeiras musicas aos 12 anos de idade. Nasceu numa família de camponeses e artistas, pois quase todos os seus irmãos seguiram a vida artística com a música.

Violeta teve quatro filhos e perdeu uma filha, que morreu quando ela estava em viagem a Europa.

Foi casada duas vezes com chilenos e se apaixonou por um suíço, o antropólogo Luis Frave, com quem viveu uma paixão e, posteriormente, uma desilusão.

Depois de viverem juntos por alguns anos na Europa, vieram para Santiago. Favre deixou o Chile e se mudou para Bolívia.

Violeta compôs uma canção para ele que se tornou muito famosa, Run run se fue para el Norte. Sua grande decepção aconteceu quando decidiu visita-lo e o encontrou casado.

Além da desilusão amorosa, Violeta montou uma tenda cultural em Santiago, com os filhos mais velhos e alguns amigos cantores, como Victor Jara.

Acontece que o espaço não teve grande apoio do público e o projeto não avançou. Essas desilusões acabaram literalmente com a vida de Violeta Parra.

Ela foi encontrada morta com um revólver quando tinha apenas 49 anos. Em 2007, os chilenos celebraram o centenário de Violeta Parra.

O grande legado desta artista foi reunir mais de 3 mil músicas típicas do folclore chileno e divulgar a cultura do país.

Lamentavelmente, como acontece com a maioria dos artistas nacionais, ela não teve o reconhecimento devido em vida.

Felizmente, hoje, seu nome é reconhecido em todo o Chile. Bonita história. Intensa vida, apesar de um fim precoce.

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