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Mostrando postagens de maio, 2010

Four long years

Onde você estava na última copa do mundo? Lembra onde assistiu aos jogos naquele ano de 2006? Quais eram os seus planos para a Copa da África do Sul? Lembro que eu morava em Brasília. Saia do trabalho correndo para assistir aos jogos da seleção em casa, ou na casa de algum amigo. Tinha cerveja sempre! Eu morava com o Sandro. A gente se reunia com o Aldem, a Priscila, a Marina, enfim, com nossos amigos que também curtiam futebol. Numa dessas partidas, eu e Marina combinamos que começaríamos a guardar dinheiro para viajar a África do Sul em 2010. A promessa ficou somente na saudade. Eu nem falo mais com a Marina e não sei nada da vida dela. Eu e Sandro estamos separados e hoje estou aqui no Chile, onde vou acompanhar a Copa ao lado do meu amor. A Priscila está em Madri, estudando, e também deve acompanhar a copa lá na Europa, longe do namorado, o Fabiano, que mora em Brasília. O Aldem, com certeza, vai acompanhar e torcer junto com a sua esposa, a Tici, em Brasília ou Salvador, terra nat

Cumpleaños

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Passei meu primeiro aniversário fora do Brasil de uma maneira bem diferente. O dia amanheceu ensolarado. Delícia! Aproveitei para voltar a correr, coisa que não fazia há tempos. Por conta do frio, tenho sentido muita preguiça. Além disso, não tinha roupa apropriada para correr no frio. Vesti meu agasalho, calcei o tênis e fui correr no Parque O´Higgins, que fica bem pertinho da minha casa. Depois da corrida, tomei uma ducha e fui para a casa da Michele, minha amiga brasileira, importada diretamente de Fernando de Noronha. Almoçamos comida chinesa porque estávamos com preguiça de cozinhar. Adoro ir na casa da Michele e ver as tele séries (novelas) que ela curte. Também aproveito para usar a internet na casa dela, ainda mais agora que estou sem rede em casa... A Michelle me deu de presente uma garrafa de vinho Casillero del Diablo reserva. Um amor! Também preparou um prato de brigadeiro com cobertura de granulado colorido. Cantamos parabéns e eu apaguei a velinha depois de fazer um pedid

Xampu sin sal, al fin!

É muito complicado para uma mulher brasileira vaidosa viver no Chile. Coisas básicas, como ir ao salão de beleza, são um verdadeiro pesadelo por aqui. Cortar o cabelo, nem pensar. Se você deixar, eles certamente vão fazer o desbastadinho básico e as pontas repicadas, estilo emo. É uma tragédia! Você vai ao salão de beleza para ficar mais bela e sai de lá transformada na própria feia. Manicure? Super caro, aqui é coisa de velha chique e rica ir ao salão de beleza. Detalhe: no Chile, não tem esmalte anti-alérgico para as frescas, como eu. Pedicure? Só tem podóloga porque as pedicures, pode esquecer. Como elas não tiram a cutícula aqui, pintam daquele jeito e fica horrível. Melhor fazer em casa. Sério! Não bastasse esse cenário desolador, para piorar a situação, aqui é muito difícil encontrar xampu sem sal, ideal para cabelos alisados como o meu. O que fazer? Eu já tinha desistido de encontrar até que hoje, por pura acaso, encontrei xampu da marca OX sem sal!!! Uhuuuuuuuuuuuu! Mandei uma

Chove sobre Santiago

Ontem, choveu o dia todo em Santiago. Eu já tinha ouvido falar das chuvas aqui, mas sou do tipo ver para crer. Qualquer cidade grande sofre com os alagamentos. É um problema estrutural que causa muito transtorno. Em Brasília, fiquei dois anos sem carro e senti bastante os efeitos da chuva. Depois, me acostumei fácil a comodidade e nem lembrava mais. Agora, sou pedestre de novo e tenho que, literalmente, colocar o pé na lama e na água. Eca!!! Sem contar que Santiago tem muita poluição. As primeiras chuvas são extremamente ácidas. E fazem mal, lógico, para o cabelo e para a pele. Fora isso, é chuva com frio. Muito frio. Mas como sempre, depois da chuva, vem um dia lindo de sol. E com o céu limpo pela chuva e pelo vento, é possível ver a cordilheira com neve. Lindo! Rapidinho você esquece dos contra-tempos que enfrenta num dia de chuva e começa a curtir esses dias porque sabe que depois vem o espetáculo.

Esperando Brother

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Amanha, tenho prova de gramática, mas confesso que está difícil concentrar-me hoje. Minha cabeça tem apenas um pensamento: Brother. Meu gato desapareceu esse fim de semana. Descobri ontem depois que mandei um email para minha família para lembrar da vacina que Brother e Black devem tomar esse mês. O Brother saiu para um passeio e até agora não voltou. Estão todos preocupados na casa da minha mãe. Fizeram uns cartazes e colaram na vizinhança, deixaram avisos nas caixas de correio e ofereceram recompensa. Uma pessoa ligou e disse que o Brother aparecia na garagem da casa dela de vez em quando para dormir, mas até agora não voltou lá. Quando li o email da minha irmã, chorei desesperada. Porque me senti super responsável pelo sumiço do Brother. Deixei ele e o Black para trás e vim para o Chile sem nem olhar para trás. E eles são super importantes para mim. São meus companheiros, meus parceiros, sempre me deram carinho e me ajudaram a lembrar da minha humanidade nos momentos de maior solidã

Grandes feitos, grandes hechos

Hoje fui ao Centro Cultural La Moneda, visitar a exposição dos Guerreiros de Terracota. Essa história sempre me chamou a atenção. Um grande feito, de um importante imperador que decidiu construir um exército de argila para protegê-lo depois da morte. Enquanto caminhava e admirava as pecas da exposição pensei em como esse tipo de grandes feitos me interessam. Todos os grandes imperadores exercem um grande fascínio. Ainda que a gente saiba que muitos deles cometeram atrocidades. Na realidade, esses grande gestos sempre ficam registrados nos livros de história. É sobre estes eventos que pesquisamos e nos interessamos. Queremos ver exposições, ler livros, ver filmes, enfim, buscamos tudo quilo que possa explicar um pouco melhor esses grandes hechos. Se eu tivesse que escrever a historia da minha vida, certamente, não teria grandes feitos. Tudo o que fiz até o momento é perfeitamente aceitável para os padrões da nossa época. Mas certamente tudo o que vivi até agora foi vivido muito intensam

Small little world

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Esse mundinho é pequeno demais, meu Deus!!! Quando morei em Brasília, encontrei uma série de conexões entre amigos e conhecidos. Até aí, tudo bem porque o Brasil é o meus país, embora Brasília não fosse minha cidade natal. Era fácil encontrar amigos dos amigos dos amigos... Em Santiago, consegui comprovar a velha máxima de que vivemos em um mundo muito pequeno, muito!!! Aqui, conheci a Michelle, braisleira como eu, casada com o Sebastián, jornalista chileno que acompanhei em algumas viagens ao Brasil. Estive em Noronha e lá conheci a Rosangela, melhor amiga da Michelle. Nunca imaginei conhecer a Michelle e agora vou sempre na casa dela, comer comidinha do Brasil e ouvir dicas sobre Santiago. Na minha turma de Espanhol, seria mais hilário ainda tentar encontrar conexões porque somos todos de lugares muito diferentes, mas a cada dia ocorrem novas coincidências. Hoje, por exemplo, comentei com todos que estou usando o sinal da internet de um vizinho, ou seja, estou na ilegalidade. Quando

Tranqüila

Quando cheguei ao Chile, estava decidida a ficar pelo menos um ano, tempo de validade do meu visto de estudante. Passado um mês, sem conseguir trabalho, fiquei desanimada e pensei então em voltar em julho, logo depois que terminar o curso. Agora, dois meses depois, não tenho a menor idéia de quanto tempo vou ficar aqui. Tudo depende do que vai acontecer. Embora eu ainda não tenha visto as cenas do próximo capítulo, estou bem tranqüila. Resolvi deixar rolar, desencanar. Acredito que assim as coisas vão fluir como deve ser. Acho que a maturidade traz essa tranqüilidade e manda para bem longe a ansiedade. Afinal de contas, trabalhei tanto tempo como uma doida para poder fazer essa viagem. Acredito que é mais do que justo, é saudável, fundamental, indispensável, que eu dedique meu tempo livre ao descanso. Tenho lido muito, passeado com meus novos amigos, namorado bastante e curtido a vida, sem pressa. Coisa boa não ter que acordar cedo todo dia! Que maravilha poder escolher os horários mai

Porotos negros

Brasileiro + fora de casa = saudade do arroz com feijão. Arroz com porotos negros. O prato de comida mais comum, mais simples, mais banal, é uma raridade fora do território nacional. Não tem nada melhor do que encontrar outro brasileiro fora do Brasil e receber um convite para comer porotos negros! Desde que cheguei em Santiago, já fui convidada duas vezes para comer feijão preto na casa das minhas amigas brasileiras. Na primeira vez, fui na casa da Michelle. Ela cozinha super bem porque a mãe dela tem uma restaurante em Noronha. Hoje, fui na casa da Fabiola e comi novamente arroz com feijão. Fomos quase todos os brasileiros da turma, mais duas norueguesas, uma japonês e uma americana. Todo mundo adorou arroz com feijão! Aliás, devo dizer que a presença em massa de tantos brasileiros na turma tem sido motivo de alegria para os gringos. Não somente por causa da nossa gastronomia “exquisita” (chilenismo que quer dizer delícia), mas também porque estamos sempre inventando algo para celebr