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Mostrando postagens de junho, 2010

Snowbunding

Na última sexta, passei o dia em Valle Nevado. Fui com uma turma de gringos para, supostamente, aprender snowboarding. Fui sabendo que levaria muitos tombos e a idéia era apenas me divertir um pouco e passar um dia diferente. Na minha turma só tinham gringos e todos falavam inglês. No problem. Tenho convivido bastante com minhas colegas gringas e aproveito para colocar o inglês em dia. Fui com duas colegas, uma australiana, Rowena, e outra norta-americana, Maggie. O organizador da viagem era um texano, Andrew. Além dessa turma, tinha mais gente dos Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Arábia e Finlândia. Na volta, escutei vários idiomas enquanto essa galera conversava pelo celular. O dia foi maravilhoso apesar de eu ter ficado mais tempo sentada no chão com a bunda na neve gelada do que em cima da prancha de snow. Foi muito divertido! Tive uma aula super rápido com um instrutor francês. Depois de explicações básicas, ele me desejou boa sorte e lá fui eu. Com a prancha debaixo do braço, s

Cecília

Enquanto estive no Chile, nem escrevi sobre as coisas boas que aconteceram no Brasil. Nem tudo foi tristeza, como o sumiço do Brother. Nasceu Cecília, minha quarta sobrinha. Deus, minhas irmãs não param de fazer filhos! Considero o nascimento da Cecília uma das coisas mais bacanas que aconteceu na minha família nos últimos tempos. Minha irmã tem 38 anos e engravidou com método natural, ou seja, sem nenhuma interferência, além da divina. A gravidez foi tranqüila, mas chegou na reta final e a pressão alta antecipou o parto em algumas semanas. Cecília chegou ao mundo minúscula!!! Loira, linda e pequeninha. Tem olhos azuis como o pai, mas lembra demais a Ana, quando era um bebezinho. Nas primeiras semanas, todo mundo ajudou aos marinheiros de primeira viagem. Minha mãe quase não pode ajudar porque quebrou o pulso e uma as minhas irmãs estava com conjuntivite. Ainda bem que a família é grande! Esse espírito de solidariedade é apenas uma das conseqüências que o nascimento de uma criança desp

Comida chilena

Se a velha máxima de “você é o que você come” for verdadeira, está explicada a razão pela qual as mulheres chilenas são tão gordinhas, em sua maioria. A comida no Chile é gostosa, mas o cardápio não é muito saudável. Mistura de batata com arroz e por aí vai. Apesar disso, é possível comer pratos típicos e gostoso por aqui. Para começar, os tradicionais completo e o churrasco italiano. O completo é um cachorro quente a moda chilena. Sem molho, com muita cebola, tomate e maionese. Existe o completo na versão italiano também. Italiano quer dizer tomate, maionese e palta, que a gente conhece como abacate no Brasil. Se você ainda esta tentando entender o italiano preste atenção nos ingredientes e observe as cores da bandeira da Itália. Eu adoro o churrasco italiano! É meu sanduíche favorito por aqui. É um xisburguer, feito com carne, maionese, tomate e, claro, palta! Nessa temporada, experimentei outro pratos tradicionais. A casuela de vacuno e de pollo. É uma sopa parecida com a que fazemo

Violeta Parra

Estou na minha última semana do curso de Espanhol. Época de fazer provas, entregar e apresentar trabalhos. Um deles consistia em preparar uma apresentação sobre um personagem chileno. Eu escolhi Violeta Parra. Para quem não a conhece, certamente, já deve ter escutado alguma canção de sua autoria na voz de Mercedes Sosa, ou de algum cantor brasileiro. Violeta era música e compôs canções famosas como “Volver a los 17” e “Gracias a la vida”. Se você nunca escutou esse nome, não se preocupe. Eu também nunca tinha ouvida falar em Violeta Parra antes de viver em Santiago. Foi no Centro Cultural La Moneda, que tem uma sala dedicada ao trabalho desta importante artista chilena, que conheci parte do seu legado. Além de música, Violeta era artista plástica. Produziu obras em papel mache, pintura a óleo e bordados. Tudo isso está no acervo que fica em exposição permanente no La Moneda. Quando fui pesquisar mais sobre a vida desta chilena, fiquei encantada. Violeta foi a primeira artista latino-am

Uma Copa fora do Brasil

Pensei que apenas nós, brasileiros, e o “hermanos” argentinos fóssemos tão fanáticos por Copa do Mundo. Ledo engano... Os chilenos são completamente fanáticos por esportes, em geral. Eu diria mais: são sedentos por festa. Gosto de um bom carrete, como eles dizem por aqui. Tudo é motivo para encher a cara e o copo! No dia da estréia do Chile na copa, depois da vitória contra quem mesmo? Ah, sim, contra Honduras! O país inteiro saiu com bandeiras e fazendo festa. Parecia que tinha terminado e não apenas começado a Copa do Mundo. Eles ficaram histéricos porque, ao que parece, fazia 48 anos que o Chile não ganhava uma partida fora de casa em um mundial. Resta saber se o próximo jogo, contra a Suíça, vai ser tão celebrado como esse. Ao que parece, a festa acontece de qualquer maneira em dia de jogo do Chile na Copa. E pensar que eu me sentia mal em pensar que o Brasil inteiro parava em dia de jogo da Copa... Assim como os chilenos celebram suas conquistas, os narradores da televisão chilena

Eu to voltando

Depois de passar 3 meses, 17 semanas e exatamente 119 dias vivendo no Chile estou voltando para o Brasil. Decidi voltar porque as coisas aqui não fluíram como eu gostaria. Não encontrei trabalho, nem consegui resolver minha situação amorosa. Quando tomei a decisão de vir ao Chile, sabia que podiam acontecer de um jeito, ou de outro. Por isso, vim para fazer o curso de espanhol, em primeiro lugar. Sabia que durante esse período poderia tentar organizar a minha vida por aqui. O curso também me garantiu um visto para ficar até um ano no Chile. Consegui fazer as coisas mais difíceis fora do Brasil, sem emprego, ou alguma garantia, como alugar um apartamento, por exemplo. Infelizmente (ou felizmente), há muitas outras coisas sobre as quais a gente não tem controle. Considero esse um dos melhores aspectos da vida porque o elemento surpresa sempre te leva a outros caminhos. Estou feliz. Super orgulhosa da minha caminhada aqui. Talvez esteja voltando antes do que eu havia previsto, mas quem sa

Gastronomia internacional para aliviar a dor

Sou super partidária da solidariedade feminina. Nós mulheres sempre nos amamos umas as outras quando estamos sofrendo de amor. É da nossa natureza, não tem jeito. No Chile, apesar das diferentes nacionalidades das minhas novas amigas, não podia ser diferente. Depois de uma grande decepção amorosa, minhas amigas tem sido perfeitas. Esse fim de semana foi preenchido com muito carinho, risos e comida variada. Domingo foi um dia de degustar a gastronomia internacional. A Maureen preparou um desayuno americano. Comemos torradas com calda de caramelo. Depois, a noite, a Fabiola preparou tacos mexicanos e comemos enquanto assistíamos televisão juntas numa noite de frio em Santiago. Para completar, a Andréa preparou um café venezuelano para mim, que adoro cafés! Foi muito bom passar esse tempo com as minhas amigas e provar diferentes sabores. Costumo dizer para elas que vim para o Chile pela pessoa errada, mas aqui encontrei as pessoas certas. Tenho amigos no mundo todo e quem sabe agora comec

Mulheres das neves

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Mamita veio me visitar e passou nove dias comigo. Foi muito especial! Passeamos, curtimos, exploramos Santiago e alguns cantinhos do Chile. Esses dias me proporcionaram a companhia da minha mãe, conversas em português, rever lugares que já conhecia, apresentar o que gosto e conhecer novos atrativos. Entre as novidades, fui com mamita para a cordilheira pela primeira vez. É um passeio muito legal! O visual é lindo e a neve gostosa!!! Aproveitei para mostrar lugares que não estão nos guias de turismo, mas que são meus favoritos, como o Café Literário, em Providencia. Não escapamos dos programas tradicionais como a visita aos Cerros San Cristobal e Santa Lucia, a Plaza de Armas, o Palácio La Moneda e a Catedral São Francisco. Entre os museus, fomos ao Chileno de Arte Pré-Colombina, a Casa La Chascona (Museu Neruda) e o Centro Cultural La moneda. Muitos museus estão em manutenção desde o terremoto. Não foi possível visitar todos, além disso, tínhamos pouco tempo e muit

Quando você volta?

Queridos leitores do blog, tenho uma confissão a fazer: escrevo menos no blog, mas não é por falta de assunto. Simplesmente adotei um diário pessoal em papel. Desde o ano passado, registro alguns pensamentos e reflexões que compartilho apenas comigo. Os meus escritos pessoais ajudam a valorizar ainda mais essa experiência solitária no Chile.Todo mundo tem me perguntado quando eu volto? Essa á uma das minhas reflexões no diário. Ali registro pros e contras de cada possibilidade. Tenho pensado muito no meu futuro, em especial agora, que entramos no mês de junho. Esse é meu deadline para decidir o que vai rolar. Por enquanto, nenhum trabalho. Se não pintar nada até o fim do mês, eu volto para o Brasil no fim de julho. Sou uma pessoa muito intensa em tudo o que faço. Deixei Porto Alegre para trás sem pensar muito. Fui embora de Brasília quando cansei apesar de tudo o que conquistei. Vim para o Chile motivada pelo amor e com alguns sonhos de prosperar. Mas como a intensidade fala mais alto,