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Mostrando postagens de julho, 2016

Chá com bolo e afeto

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No início do ano, contei aqui no blog sobre o bebê da nossa turma de yoga que faleceu. O Vicente tinha nove meses e lutou bravamente por sua frágil e curta vida. Na época não consegui ir no velório, nem no enterro. Foi perto do aniversário da Gabi e fiquei com aquele sentimento de que estava faltando alguma coisa. Queria dar um abraço na Eli, a mãe do Vicente. Conversar com ela, escutá-la e de alguma maneira mostrar que ela não está sozinha, apesar da imensa solidão que deve sentir desde então. Consegui o contato dela com nossa instrutora de yoga e por várias semanas tentamos agendar um encontro. Foi difícil, mas esse fim de semana finalmente conseguimos. A Eli voltou a fazer faculdade para ocupar o tempo livre e a cabeça com outras coisas. Com as férias da faculdade, sobrou tempo e ela me escreveu. Chamei ela para ir na nossa casa. Descobrimos que moramos bem pertinho. Esperei por ela com chá e bolo de milho. Quando ela chegou, a Gabi estava mamando e

Tá tudo bem

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Há males que vêm para bem, assim diz um velho ditado. Você pode até não gostar de frases clichês, menos ainda de rimas baratas e frases de efeito. Mas, em algum momento, a vida vai te mostrar que a tal sabedoria popular tem seu valor. E que, se um dia, alguém pensou que essa frase tinha seu valor e resolveu registrá-la, pode ser que ela tenha um fundo de verdade. Nos últimos tempos, a vida me mostrou exatamente isso. A ruptura familiar e o afastamento físico e emocional provocado pela distância espacial e pelos últimos acontecimentos foram incrivelmente benéficos para fortalecer meus vínculos com o Chile. Isso mesmo! Hoje percebo que isso era necessário para ter outra perspectiva da minha vida aqui perto da montanha. Passado aquele período de tristeza pós-eventos depressivos familiares, a vida começou a sorrir de novo.   E as novidades vão preenchendo os dias e dando novo sentido às mudanças. Mudar é bom. Às vezes, a única maneira da gente perceber isso é sendo e