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Mostrando postagens de março, 2010

Uma identidade chilena

Hoje fui buscar a minha cédula de identidade chilena. É apenas um documento, com meus dados pessoais. A verdadeira identidade chilena ainda está em processo. O Chile é um país culturalmente diferente do Brasil. Não é por acaso que aqui se vêem tantos alemães, norte-americanos ou japoneses em intercambio. Os gringos elogiam a segurança e a organização do país. De fato, eles se parecem muito pouco com os hermanos latino americanos. É um povo reservado, culto, educado, conservador. Ao mesmo tempo os chilenos são alegres e nisso se parecem muito com os brasileiros. Esse documento que ganhei hoje em ajuda em uma série de procedimentos práticos e burocráticos. Ajuda, também, a assimilar a mudança de país. Ter um documento que comprove: você está aqui, realmente! Isso mexe com os sentimentos. E na prática, o que muda? Desde que cheguei no Chile, mudei uma série de hábitos para me adaptar a nova realidade. Para economizar com os cuidados pessoais, abandonei o salão de beleza. Afinal, agora não

Vamos bailar?

Ontem, comecaram as aulas. De manha, fui para o espanhol. Turma lotada de brasileiros, a maioria paulistanos. De noite, gracas ao bom Deus, aula de salsa. Desta vez, somente uma brasileira no grupo. De Brasília! Eu mal entrei na aula e já apareceu um cara vestido de pirata vendendo esmaltes. Bastou dizer "oi" para saber: brasileiro. É impressionante como nós sabemos nos fazer presentes. Todo brasileiro sorri descaradamente. Os brasileiros usam os bracos e as maos para falar, nao apenas a boca. Os brasileiros tem um jeito de andar diferente, que pende para um lado e para o outro. Talvez seja por isso que seja tao difícil passar despercebido. Nao tem jeito... se voce nasceu no Brasil, cedo ou tarde, quando cruzar as fronterias da bandeira verde e amarela, vao te descobrir. Delícia! Eu amo meu país, apesar de viver fugindo dos brasileiros por aqui, Nada contra, apenas acho que vou crescer e aprender mais tendo contato com outras culturas. Já fiz amizade com uma venezuelana super

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Queridos leitores do blog, nao tenho sido muito assídua nas minhas atualizacoes. Sorry! Muitos acontecimentos. Hoje, vou de mala (aquela que tinha sumido e foi encontrada) para a minha nova casinha. Aluguei um ape em Santiago. Aos poucos, vou me adaptando a essa nova cidade e aos hábitos daqui. Um dos maiors desafios é me adpatar ao jeito reservado dos chilenos. Carrego comigo um sorriso enorme no rosto, ainda mais nesses últimos dias. O que deveria ser um convite de boas-vindas é um perigo para uma estrangeiro por aqui. Os homens sao tarados!!! As mulheres, desconfiadas. Se quando cheguei em Brasília a licao número um foi: deixe o jeito gaúcho em casa; em Santiago, a máxima é: recupere o jeitao gaucho de ser. Já ouvi vários conselhos e dicas, com recomendacoes sobre os cuidados com a bolsa, quando pedir uma informacao, bla, bla, bla... Cada ambiente, é uma nova adaptacao. Nao tem como ser diferente. Sem problemas. Me adapto rapidinho ao jeito de ser santiaguino.

A primeira semana

A primeira semana fora do Brasil foi bem intensa. Cheguei no sábado passado em Santiago. Fiquei meio tristinha no fim de semana porque minha bagagem tinha sido extraviada. No domingo a noite, finalmente entregaram a minha mala. Pouco antes de me entregarem pensei bem e cheguei a conclusao de que perder uma mala nao é nada quando se compara as pessoas que perderam tudo com o terremoto. As emocoes continuaram na segunda de madrugada quando eu finalmente reencontrei meu amor. Que saudade!!! A gente nao se via desde julho! Estou muito feliz!!! Durante a semana, fui na Estúdio de Comunicación para ver a possibilidade de trabalho. O pessoal da agencia me chamou para fazer uns freelas enquanto estiver por aqui. Ótimo! Quanto a moradia, ainda estou procurando. Uma amiga ofereceu o apartamento dela, mas por conta da dificuldade com o deslocamento preferi olhar com mais calma. Esse fim de semana já devo definir meu novo endereco e comunico a todos. Espero por visitas, lógico!!! Nem precisam teme

Os gatos

No dia da minha viagem, nem consegui olhar para trás. Os gatos ficaram na porta espiando e assistindo a minha partida. Ai, que dor no coracao! Amo meus gatos. Só consegui ir embora porque sei que eles ficaram bem, na casa da minha mae. Eles deram um salto que qualidade, literalmente. Digamos que o Brother passou de pequeno produtor rural a um grande latifundiário. O Black nao precisa de muito espaco, gracas a Deus, mas é outro gato. Está todo dengoso e sociável na casa da minha mae. Deixou o jeito mineiro desconfiado em Brasília. O Brother já aprontou algumas: pulou do alto de uma janela!!! Nao satisfeito, resolveu enfrentar a Loira, a cachorrinha que mora na casa da minha mae e da vizinha. A Loira avancou no Black e o Brother saiu em defesa do irmao. Ficou furioso!!! O gato que mora na casa da minha mae faz cara feia para os meus gatos, mas eles nem dao bola. Sao muito maiores que o Leon e eles sabe que se aquele siames resolver brigar, vai se dar muito mal. Embora eu tenha certeza d

Cheguei!!!!!!!!!!!!!!!

Cheguei! No rastro do terremoto, que por sinal nao deixou marcas profudas por aqui, em Providencia. O unico indício forte de que houve terremoto está no aeroporto. Um caos... tudo improvisado, mas funciona bem, por incrível que pareca. A única coisa que nao funciona bem mesmo é a TAM. Eles extraviaram a minha mala em Guarulhos. Quase perdi minha conexao, por sinal. Tive que sair correndo pelo aeroporto. Entrei no aviao feliz da vida. A viagem foi bem tranquila. Quando cheguei no aeroporto, aquele sol!!!!!!!! Na esteira improvida, os funcionários trazem as malas no carrinho e vao tirando uma a uma da pilha enorme. Um, dois, tres, quatro, cinco, seis carrinhos depois e nada! Faz a ocorrencia. Preenche formulário. Passa na imigracao. Tudo OK. Pega um táxi do aeroporto para o apart hotel. Uma motorista super simpática me deioxu aqui. Tudo em ordem no caminho. As autopistas estao OK para circular. Agora, estou na expectativa de encontrar a minha mala. Estava tudo lá, ou quase tudo... Nao se