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Mostrando postagens de outubro, 2012

Viajando na Cordilheira

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Da janela lateral, vejo a cordilheira. Os dias têm sido generosos com sol e alguma nuvem de poluição, mas nada que atrapalhe o espetáculo. Quando cai a noite, então, a vista de cima do 19º. andar para Santiago iluminada é simplesmente linda! Não sei se é o momento, a situação ou a pessoa, mas está tudo diferente, tudo lindo, maravilhoso.  Estou curtindo bastante e de uma maneira bem especial essa nova vida no Chile. Quase não acredito no que estou vivendo. Ainda sinto bastante frio, apesar do solzinho gostoso diário. Também começou a batalha por uma nova oportunidade de trabalho. Tudo leva tempo e tem o seu devido momento. Muita paciência nessa hora. Parece que foi ontem que cheguei a Porto Alegre e estava manando currículos. Agora, são emails e comunicações com as pessoas que conheço e com quem tive a oportunidade de trabalhar para buscar um lugar ao sol novamente. Esse sol tão disputado que garante não apenas o dinheiro para pagar as contas, mas também o

Cruzando a linha de chegada

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Certa vez um colunista da revista Época escreveu que as mulheres apaixonadas são como um carro desgovernado. Claro que muitas de nós concordamos com isso e achamos até bonitinho um homem que fala assim sobre nós, mulheres. Mas até mesmo um carro desgovernado pode ficar sem combustível para terminar a viagem. Quando esse carro desgovernado fica parado no meio do caminho, de vez em quando, aparece um socorro. E o tal carro é conduzido com segurança ao seu destino final. Talvez seja por essa falta de sorte (ou excesso) que muitos carros desgovernados, ou melhor, que muitas mulheres apaixonadas acabam vivendo um grande amor. Sou mulher e realmente pareço um carro desgovernado quando estou apaixonada. Vivo intensamente as minhas paixões. Por vezes, esse carro termina batendo num poste, bem no meio do caminho e saio toda arrebentada da história. Nem sempre é assim. A vida é generosa com todos, inclusive, com as pessoas apaixonadas. Esse carro desgovernado que vos escreve já rodou uns

Dias de luta, dias sem glória

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Estou de volta a Porto Alegre depois de dois meses intensos de muito trabalho. Infelizmente, meu candidato não foi eleito prefeito. Não consegui ficar triste ou deprimida porque sei que toda nossa equipe fez um belo trabalho. Além disso, lutamos contra uma máquina que compra votos com dinheiro público. Minha tranquilidade absoluta veio no dia seguinte ao das eleições quando fui visitar meu candidato. De tênis, calca jeans e camiseta, ele tomava um chimarrão no seu comércio. Perguntei a ele como estava e ele respondeu muito sereno: estou tranquilo, não comprei nenhum voto. Fiquei muito impressionada com as velhas práticas da política feia que observei nessa campanha eleitoral. Quando voltei de Brasília, queria trabalhar na campanha, sentir novamente a efervescência política, as bandeiras tremulando na rua, as pessoas gritando e cantando com entusiasmo. Ignorei o lado feio da política. De quem se aproveita da miséria para ganhar votos em troca de cesta básica, de uma cerveja, d