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Mostrando postagens de novembro, 2013

Que negócio é esse?

Quase todos os meus leitores sabem que trabalho como professora de Português no Chile. Meus alunos sempre me pedem dicas de filmes e músicas brasileiras. Às vezes, eles encontram por conta própria e pedem minha opinião. Atualmente, vários me perguntam sobre o seriado O negócio , no ar na HBO. Não recomendo para nenhum deles. Além de utilizarem um linguajar com muita gíria e um vocabulário limitado, considero publicidade negativa para o Brasil. Explico: sou mulher, brasileira, no exterior. Todas nós, aqui, temos fama de puta. O Brasil passou anos vendendo sua imagem com bundas de mulatas sensuais. Na década de 70, a produção nacional de filmes investiu pesado em putaria. Nossa maior festa cultural é o carnaval, onde todo mundo bebe muito e dança com pouca roupa. Nosso principal atrativo turístico são nossas praias, onde estamos todos vestindo quase nada. É natural que os estrangeiros tenham uma visão parcial da nossa realidade. O que não é legal é um seriado da TV paga que

Por un verano sin neura!

O governo do Chile lançou uma campanha há uns dois meses para incentivar hábitos saudáveis. O lema da campanha é "por un verano sin polera". A tradução literal seria "por um verão sem camiseta". Ou seja, se você está alguns quilinhos acima do seu peso normal, não tire a camiseta, por favor! Vocês pensam que é exagero e implicância minha né? Mas não é, não. No meu primeiro verão aqui no Chile deu para sentir a diferença com o Brasil. No Brasil, a praia é um espaço democrático. Isso se traduz em milhares de pessoas usando biquínis, maiôs, sunga... sem se preocupar com uns quilinhos a mais. Mais importante: sem se preocupar com a opinião dos outros. Sim, porque essa também é uma obsessão chilena. Você pode até ter coragem de se jogar na praia de bíquini e exibir suas pelancas, mas pode ter certeza de que não vai faltar gente pra criticar. Quando eu fui à praia no verão, fiquei chocada com a quantidade de pessoas vestindo roupa. Não é por cau

Terapia internacional

Quando eu morava no Brasil, fiz terapia em duas ocasiões.  Na primeira vez, eu ainda vivia em Porto Alegre. Estava recém formada e tinha terminado um relacionamento de muitos anos... Precisava conhecer melhor a nova "eu" que nascia naquele momento. Muitos anos depois, quando já estava morando em Brasília, voltei para a terapia. Também tinha me separado, estava mudando de emprego e de endereço. Precisava juntar meus "caquinhos" para me fortalecer de novo e seguir em frente. Meus dois terapeutas foram homens. Me sinto melhor conversando com "eles", deve ser por isso que tenho tantos amigos homens, quanto mulheres. O meu primeiro terapeuta trabalhava com Freud e Jung e eu adorava as nossas sessões! Me divertia mesmo quando eu chorava... Foi uma fase muito boa de muito crescimento e de novas descobertas. Foi como se um novo mundo tivesse se descortinado na minha frente. Meu segundo terapeuta também me ajudou muito no meu desenvolvimento pessoal,