Terapia internacional

Quando eu morava no Brasil, fiz terapia em duas ocasiões.  Na primeira vez, eu ainda vivia em Porto Alegre.

Estava recém formada e tinha terminado um relacionamento de muitos anos... Precisava conhecer melhor a nova "eu" que nascia naquele momento.

Muitos anos depois, quando já estava morando em Brasília, voltei para a terapia. Também tinha me separado, estava mudando de emprego e de endereço.

Precisava juntar meus "caquinhos" para me fortalecer de novo e seguir em frente.

Meus dois terapeutas foram homens. Me sinto melhor conversando com "eles", deve ser por isso que tenho tantos amigos homens, quanto mulheres.

O meu primeiro terapeuta trabalhava com Freud e Jung e eu adorava as nossas sessões! Me divertia mesmo quando eu chorava...

Foi uma fase muito boa de muito crescimento e de novas descobertas. Foi como se um novo mundo tivesse se descortinado na minha frente.

Meu segundo terapeuta também me ajudou muito no meu desenvolvimento pessoal, profissional, afetivo... Junto com ele compreendi e aceitei melhor cada ciclo da vida.

Trabalhamos com a Gestalt, que também foi fundamental para a compreensão de tantas coisas na minha vida.

Em Brasília, ou Porto Alegre, seja lá onde for, sempre levo a terapia comigo e o que ela me ensinou, sobre mim, os outros e o mundo.

Agora, chegou a hora de voltar à terapia. Depois de um ano intenso de mudanças, está na hora de fazer aquele raio X mental.

Sinto que preciso me conectar comigo de novo. Foram muitas mudanças, uma nova vida num curto espaço de tempo.

Escolhi uma clínica que trabalha com a Gestalt, porque realmente gostei dessa linha. O terapeuta é colombiano, um estrangeiro vivendo no Chile como eu.

Não sei como vai ser essa experiência internacional. Se falar dos sentimentos na nossa língua mãe já é difícil, imagina em outro idioma...

Desejem-me sorte porque coragem eu tenho de sobra! Não sei onde essa terapia vai me levar, mas estou super feliz por voltar a caminhar nessa estrada do autoconhecimento!