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Mostrando postagens de agosto, 2011

Hoje, perdi uma tesoura

Quando eu era criança e estava na primeira série tive uma crise de choro, no meio da tarde, em plena sala de aula. Tinha uns oito anos de idade, acho. Bateu uma enorme saudade da minha mãe e comecei a chorar. Não consegui segurar o choro. A tia Mercedes, super carinhosa, me abraçou e perguntou por que eu estava chorando. Com vergonha, menti. Disse que tinha perdido minha tesoura. Hoje, perdi uma tesoura. De noite, chorei. Cansada. Cheia de frustrações acumuladas dos últimos acontecimentos. Semana passada, juntou tudo: menstruação, tensão no trabalho, demissão do ministro, renovação do meu contrato de aluguel. Uma paulada atrás da outra. Até mesmo a mais otimista das criaturas – no caso, eu mesma – não conseguiu manter as boas expectativas em alta. Desabei. Mas nem todos esses acontecimentos têm importância alguma no dia de hoje. Para mim, até que a vida mude isso, o dia 22 de agosto será sempre um dia triste. O aniversário da morte do meu pai me pega de um jeito ou

Junto e misturado

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Hoje foi o dia dos pais. Já faz alguns anos que eu não comemoro mais essa data. Meu pai já faleceu, meus avôs também. Meu sogro faleceu esse ano... Mas eu não queria fazer desse um dia triste. Então, eu fiz o que sei fazer melhor: chamei alguns amigos aqui em casa. Como sempre misturei pessoas diferentes e apesar das nossas diferenças o encontro foi super agradável. Digo diferente porque em geral as pessoas reúnem grupos de amigos de longa data. Poucas pessoas abrem as portas de casa para receber amigos de grupos distintos. E os amigos que vieram aqui em casa hoje são amizades de diferentes momentos da minha vida. A Stelinha é uma amiga querida da época da faculdade. Já passamos por muita coisa juntas e a vida trouxe a Brasília essa cearense de Porto Alegre para um reencontro com uma gaúcha da Tristeza. O Rogério eu conheci no carnaval desse ano em Floripa. Amigo de uma prima, a Camila. Ele veio transferido trabalhar em Brasília. Como recém chegado, achei que seria

Outro agosto

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Esse mês estou completando um ano do meu retorno a Brasília. Essa volta foi muito mais gostosa do que a minha primeira chegada em fevereiro de 2003. Cheguei com trabalho novo, cheia de desafios pela frente. Nas duas vezes em que vim para cá, eu não tinha casa para morar, nem carro para andar pela cidade. Na minha primeira vez, fui morar numa kit e demorei mais de dois anos para conseguir comprar um carro! Dessa vez, fiquei um mês morando com uma amiga até conseguir meu cantinho. Quando já estava instalada na casa nova, comprei um carrinho. Fiz questão de escolher uma casa aconchegante, que eu mesma mobiliei e ajeitei. Cuido da minha casa e de mim: faço faxina e as unhas! Dispensei faxineira e manicure, apertei o orçamento daqui e dali. Tudo para poder chegar todo dia do trabalho e ter a rede na sacada para me espreguiçar, a cozinha gostosa e espaçosa onde gosto de cozinhar, o sofá na sala para me esparramar... O carro me ajudou a ter mais qualidade de vida em Brasíli