Cecília

Enquanto estive no Chile, nem escrevi sobre as coisas boas que aconteceram no Brasil. Nem tudo foi tristeza, como o sumiço do Brother.

Nasceu Cecília, minha quarta sobrinha. Deus, minhas irmãs não param de fazer filhos!

Considero o nascimento da Cecília uma das coisas mais bacanas que aconteceu na minha família nos últimos tempos.

Minha irmã tem 38 anos e engravidou com método natural, ou seja, sem nenhuma interferência, além da divina.

A gravidez foi tranqüila, mas chegou na reta final e a pressão alta antecipou o parto em algumas semanas.

Cecília chegou ao mundo minúscula!!! Loira, linda e pequeninha. Tem olhos azuis como o pai, mas lembra demais a Ana, quando era um bebezinho.

Nas primeiras semanas, todo mundo ajudou aos marinheiros de primeira viagem.

Minha mãe quase não pode ajudar porque quebrou o pulso e uma as minhas irmãs estava com conjuntivite. Ainda bem que a família é grande!

Esse espírito de solidariedade é apenas uma das conseqüências que o nascimento de uma criança desperta numa família.

Além da solidariedade na hora do aperto, um bebe traz muitas alegrias porque é sinônimo de esperança.

Mesmo sem querer esse pobre ser chega ao mundo com uma missão que não lhe foi imposta, mas que ele naturalmente executa.

Uma criança enche a casa de alegria, de assuntos novos, de descobertas que antes ninguém sabia mesmo os mais experientes.

É uma nova vida, uma nova pessoa, alguém que você conhece de repente e, sem perceber, começa a amar.

Você pensa em como pode amar tanto alguém que antes nem existia? E é pelo fato de despertar a nossa capacidade de amar, que estava lá dentro adormecida, que bendizemos tanto as novas crianças que alegram nossas vidas.

Em poucos dias estarei no Brasil e finalmente poderei conhecer a Cecília. Mesmo sem tê-la visto pessoalmente já sinto um enorme carinho e uma tremenda curiosidade sobre essa pessoa.

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