Tranqüila

Quando cheguei ao Chile, estava decidida a ficar pelo menos um ano, tempo de validade do meu visto de estudante.

Passado um mês, sem conseguir trabalho, fiquei desanimada e pensei então em voltar em julho, logo depois que terminar o curso.

Agora, dois meses depois, não tenho a menor idéia de quanto tempo vou ficar aqui. Tudo depende do que vai acontecer.

Embora eu ainda não tenha visto as cenas do próximo capítulo, estou bem tranqüila. Resolvi deixar rolar, desencanar. Acredito que assim as coisas vão fluir como deve ser.

Acho que a maturidade traz essa tranqüilidade e manda para bem longe a ansiedade. Afinal de contas, trabalhei tanto tempo como uma doida para poder fazer essa viagem.

Acredito que é mais do que justo, é saudável, fundamental, indispensável, que eu dedique meu tempo livre ao descanso.

Tenho lido muito, passeado com meus novos amigos, namorado bastante e curtido a vida, sem pressa.

Coisa boa não ter que acordar cedo todo dia! Que maravilha poder escolher os horários mais calmos para andar no metro.

A gente passa tanto tempo desejando não ter nada para fazer e quando finalmente consegue um pouco de sossego, quer louco ocupar o tempo para não morrer de culpa.

Olha, me desculpa, mas eu vou parar por aqui, tenho mais um livro para devorar. Fui!

***

Pode parecer que estou no ócio apenas, mas na verdade hoje recebi meu primeiro pagamento pelas traduções que fiz. Uhuuuuuuuuuuuuuuu!!!

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