Pertencimento

Essa semana, no meio da correria do trabalho, recebi um email super legal da Vicky, sogra da minha querida amiga Michelle, brasileira, radicada em Santiago do Chile.

Mês passado, Michelle e Sebastián casaram na igreja no Brasil, em Fernando de Noronha, e a família toda do Sebastián viajou para o Brasil para acompanhar a cerimônia.

A maioria dos familiares vieram ao Brasil pela primeira vez. E foram justo a Fernando de Noronha, um lugar maravilhoso.

Não sei explicar se foi porque eles conheceram o Brasil num destino de sonho, ou se foi porque o nosso país realmente é lindo e especial, mas o fato é que a Vicky estava encantada com tudo o que viu por aqui.

Nas palavras dela, os homens, as mulheres e as crianças são estupendos. Para mim foi ótimo ter lido esse email.

Comparto com a opinião da Vicky. Adoro o Brasil e acho que sair do nosso país te faz perceber o quanto nós realmente somos especiais.

Não somos perfeitos, mesmo porque não existe isso em lugar nenhum. Todos os lugares tem coisas boas e ruins.

Mas acredito que todo cidadão do mundo tem uma sensação de pertencimento a algum lugar. E esse sentimento pode acontecer seja onde for, mesmo que nao seja na terra onde a gente nasceu.

No meu caso, adoro o Brasil. Sair de Porto Alegre me ajudou a entender que sou brasileira e não apenas gaúcha.

A vida em Brasília e a convivência com gente de todo o Brasil ampliou a minha identidade para além das fronteiras do pampa.

Continuo amando o Rio Grande do Sul, tendo uma grande admiração pelas paisagens, pela cultura e pela gente do sul.

No entanto, cresceu a minha admiração por outras culturas, outras temperaturas, outras paisagens, outros sotaques que a gente nunca ouve no sul.

Quando saí do Brasil, tive contato novamente com essa diversidade cultural. Meu curso foi uma experiência maravilhosa justamente por isso.

Meus colegas eram todos estrangeiros, de diferentes lugares do Brasil e do mundo. Já me sentia mais brasileira que gaúcha, agora me sinto mais latinoamericana que brasileira.

Depois dessa experiência, fiquei com vontade de conhecer novos lugares. Quanto mais destinos eu conheço, maior é o sentimento de pertencimento ao mundo.

Ainda falta conhecer a Guatemala, lugar onde meu pai nasceu. Tenho certeza de que essa viagem vai ser emocionante e mexer novamente com minha identidade.

Falta também conhecer novos continentes. Tudo a seu tempo!

Continuo super fã dos versos do Vitor Ramil, na Ilusão da Casa. “A casa é onde quero estar”. Hoje não quero estar em nenhum outro lugar que não seja o aqui e agora.

***

Para matar a saudade de Noronha, publico aqui algumas fotos desse paraíso inesquecível. Recomendo a todos que conheçam!


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