"Saudade inespecífica"
Dia desses uma amiga escreveu numa rede social um post dizendo que sentia “saudade inespecífica”. Achei genial!
Uma pessoa comentou que deveria ser alguém muito querido por perto e recomendou rezar. Seja lá qual for a sua crença, todo mundo sente essa saudade de vez em quando.
Nesses últimos dias tive essa sensação e não demorei a ter saudade específica também.
Primeiro do meu pai. Talvez porque agosto é o mês do dia dos pais e, infelizmente, do aniversário de morte dele também.
Sem querer, volta e meio me pego lembrando do viejo nessa época do ano. Os dias nublados, o frio do inverno, tudo remete a essa saudade.
Foi também por esses dias que lembrei do Black, meu gatinho lindo, companheiro que tive que sacrificar.
O Black era tão carinhoso, tão amoroso e amigo. Para mim, foi uma decisão tão difícil me despedir dele.
Duas perdas. Sofridas. Sentidas. Choradas. Vividas intensamente.
Sem chance de dizer adeus ao meu pai que morreu de câncer.
Com o desprendimento necessário para deixar o Black partir.
O fim da vida nos coloca diante de escolhas sem escolhas. De ter que aceitar o fim do ciclo.
E a saudade aperta porque a gente sabe que não vai poder repetir o abraço, o beijo, o cheiro de quem se foi.
Sentir "saudade inespecífica" é ter o mesmo sentimento que o poeta Renato Russo muito bem definiu :
"E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi"
***
Uma pessoa comentou que deveria ser alguém muito querido por perto e recomendou rezar. Seja lá qual for a sua crença, todo mundo sente essa saudade de vez em quando.
Nesses últimos dias tive essa sensação e não demorei a ter saudade específica também.
Primeiro do meu pai. Talvez porque agosto é o mês do dia dos pais e, infelizmente, do aniversário de morte dele também.
Sem querer, volta e meio me pego lembrando do viejo nessa época do ano. Os dias nublados, o frio do inverno, tudo remete a essa saudade.
Foi também por esses dias que lembrei do Black, meu gatinho lindo, companheiro que tive que sacrificar.
O Black era tão carinhoso, tão amoroso e amigo. Para mim, foi uma decisão tão difícil me despedir dele.
Duas perdas. Sofridas. Sentidas. Choradas. Vividas intensamente.
Sem chance de dizer adeus ao meu pai que morreu de câncer.
Com o desprendimento necessário para deixar o Black partir.
O fim da vida nos coloca diante de escolhas sem escolhas. De ter que aceitar o fim do ciclo.
E a saudade aperta porque a gente sabe que não vai poder repetir o abraço, o beijo, o cheiro de quem se foi.
Sentir "saudade inespecífica" é ter o mesmo sentimento que o poeta Renato Russo muito bem definiu :
"E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi"
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Adoro os comentários do Tio Nelson! Compartilho aqui com vcs:
ResponderExcluirEm 06/08/12, Nelson Junqueira escreveu:> Tenho saudades de todos que amo e que me lembro. Quando me lembro de> alguém que amo e que estava esquecido, também tenho saudades. Tenho> saudades do que passou e já estou preparando a saudade do que está> passando. Nossa vida espiritual é eterna e dela não temos nenhuma> saudade. Temos saudades sim, desta vida efêmera e curta, justamente> por estes motivos. Tenho medo/saudade do futuro justamente pelos que> amo, amei e amarei. Tenho medo/saudade porque isto é deste mundo> finito, onde todas as suas manifestações tem início e fim. O amor é> infinito e do mundo espiritual, do alto dos céus, e a paixão é da> terra, do chão e finita. A saudade significa perda causada pelo> início/fim. De todas as maneiras a saudade é uma afirmação da nossa> presença neste mundo físico. Enquanto não aprendermos a usar o amor, o> verdadeiro amor infinito, teremos saudades. Adoro a vida espiritual e> a nossa vida aqui, talvez confundindo uma com a outra, mas adoro> viver, tenho paixões, amo a todos que conheço e não conheço, amo você,> Belita, por isto estou sempre morrendo de saudades.