Nascer, crescer e morrer
Nunca tive muito jeito com plantas. Não digo nem flores, mas plantas mesmo. Sempre deixava morrer de sede ou afogadas.
Fiquei surpresa quando vi uma orquídea que comprei há alguns meses atrás no supermercado, sem a menor proteção, carregada de botões.
Não bastasse essa grata surpresa, um dos botões abriu bem no fim de semana. Não sei se foi o cuidado, ou a água na medida certa, ou o vaso que comprei, ou a mesinha onde coloquei a plantinha.
Realmente, como na canção da Cássia Eller, não tem explicação. O fato é que a orquídea deu flor. E devem vir mais flores.
Em compensação, sempre fui uma pessoa de gatos. Adoro os felinos e cuido deles como se fossem meus filhos.
Passei as últimas três semanas levando e buscando o Black na veterinária. Todos os dias, numa luta nossa para reverter uma crise renal muito grave.
No início, o Black ficou bem. Comia, devagar, pouquinho. Tomava bastante água. Dormia comigo na cama. Chegava em casa e cumpria seu ritual de afiar as unhas.
Com o passar das semanas, Black se isolou. Dormia sozinho no quarto ao lado. Aos poucos, parou de comer. Não tomava quase água.
Nos últimos dias, Black caminhava com dificuldade. Vomitava várias vezes, mesmo sem ter comido nada. Escondia-se pelos cantos da casa.
Não conseguia nem subir na cama. Ficava prostrado no chão de qualquer jeito. Não reclamava mais quando tinha que ir para a veterinária. Não tinha forças.
Os veterinários já tinham me alertado que ele não tinha cura, mas a gente esperava reverter o quadro. Queria que o Black vivesse com qualidade de vida apesar da doença.
Não foi o que aconteceu. Black foi piorando. Quando a expressão dele mudou, com aquele olhar de dor, vi que não tinha mais jeito. Pedi a Deus que cuidasse dele por mim.
Hoje, de manha, na veterinária, tomei uma decisão difícil. Black não voltou para casa. Descansou depois de tantos dias lutando.
Já senti saudade no minuto em que o deixei lá. Saudade de chegar em casa e escutar o miado histérico dele. De acariciá-lo enquanto ele afiava as unhas de felicidade por me ver entrar em casa.
Saudade de conversar com ele. Sim, o Black respondia quando eu falava com ele. Era cômico! Saudade do meu companheirinho. Foi muito difícil, mas acho que foi o melhor que eu podia ter feito por ele.
Não deu para salvá-lo, mas também não dava para fazê-lo sofrer ainda mais. Black descansa em paz agora porque já acabou.
Essa é para ti, Blackly! Bem lembrado Petit!
Fiquei surpresa quando vi uma orquídea que comprei há alguns meses atrás no supermercado, sem a menor proteção, carregada de botões.
Não bastasse essa grata surpresa, um dos botões abriu bem no fim de semana. Não sei se foi o cuidado, ou a água na medida certa, ou o vaso que comprei, ou a mesinha onde coloquei a plantinha.
Realmente, como na canção da Cássia Eller, não tem explicação. O fato é que a orquídea deu flor. E devem vir mais flores.
Em compensação, sempre fui uma pessoa de gatos. Adoro os felinos e cuido deles como se fossem meus filhos.
Passei as últimas três semanas levando e buscando o Black na veterinária. Todos os dias, numa luta nossa para reverter uma crise renal muito grave.
No início, o Black ficou bem. Comia, devagar, pouquinho. Tomava bastante água. Dormia comigo na cama. Chegava em casa e cumpria seu ritual de afiar as unhas.
Com o passar das semanas, Black se isolou. Dormia sozinho no quarto ao lado. Aos poucos, parou de comer. Não tomava quase água.
Nos últimos dias, Black caminhava com dificuldade. Vomitava várias vezes, mesmo sem ter comido nada. Escondia-se pelos cantos da casa.
Não conseguia nem subir na cama. Ficava prostrado no chão de qualquer jeito. Não reclamava mais quando tinha que ir para a veterinária. Não tinha forças.
Os veterinários já tinham me alertado que ele não tinha cura, mas a gente esperava reverter o quadro. Queria que o Black vivesse com qualidade de vida apesar da doença.
Não foi o que aconteceu. Black foi piorando. Quando a expressão dele mudou, com aquele olhar de dor, vi que não tinha mais jeito. Pedi a Deus que cuidasse dele por mim.
Hoje, de manha, na veterinária, tomei uma decisão difícil. Black não voltou para casa. Descansou depois de tantos dias lutando.
Já senti saudade no minuto em que o deixei lá. Saudade de chegar em casa e escutar o miado histérico dele. De acariciá-lo enquanto ele afiava as unhas de felicidade por me ver entrar em casa.
Saudade de conversar com ele. Sim, o Black respondia quando eu falava com ele. Era cômico! Saudade do meu companheirinho. Foi muito difícil, mas acho que foi o melhor que eu podia ter feito por ele.
Não deu para salvá-lo, mas também não dava para fazê-lo sofrer ainda mais. Black descansa em paz agora porque já acabou.
Essa é para ti, Blackly! Bem lembrado Petit!
Esse comentário veio da Maisa por email:
ResponderExcluir"Oi Isabela. Nem sei o que seria mais apropriado para te dizer. Vou torcer para que se sinta melhor o quanto antes. Os amigos são assim: vêm, nos elegem, se aproximam, nos ensinam, deixam um pouquinho deles e levam um "poucão" de nós. Nesse caso um "pougato". Beijos e fique bem".
E esse da Mylena:
ResponderExcluir"Muitas orquídeas ainda nascerão no teu "jardim", querida! O Black vai estar em cada uma delas. Bjos"
Queridos, acho que o blogger está com prolbmeas, mas super obrigada pela força e pelo carinho! Beijão
ResponderExcluirE esse foi da Myla:
ResponderExcluirBelinha, fiquei tão triste ontem que parecia até que tinha sido o sem vergonha do Juquita que tinha partido.
Espero que seu coração pare de doer logo, e que fiquem só as boas lembranças do Black querido. E que ainda exista paciência de sobra pro atacado do Fritz!!!!
Muitos beijos!
Beijos Myla e valeu!
Esse comentário também veio por email, do tio Nelson. Ele é muito espiritualizado e um cuidador dos animais. Quero dividir com vcs:
ResponderExcluir"Compreendo teu sofrimento. Ele nunca é em vão. Deve servir para nosso crescimento no plano físico e evolução no espiritual. As perdas
é uma maneira eficaz de sentirmos profundamente e com isto perdermos nosso egoísmo. Queremos tudo para nós, mesmo sem o devido merecimento. A perda é uma forma de diminuir ou anular nosso egoísmo expresso pela posse. A vida de qualquer ser vivo não nos pertence, mas amamos e queremos perpetuar o amor. Por qualquer motivo podemos perder, ficar sem a presença do objeto amado. O consolo é que quanto mais sofremos maior deve ser este amor. O tempo atenuará o sofrimento carregando as lembranças para longe. Também outro ou outros amores podem surgir. Nós não podemos ficar cristalizados no tempo, preso num espaço tentando manter os sentimentos que devem ser renovados. Devemos amar muito. Amar a vida, as pessoas, os animais, as coisas, as instituições, a Deus e amar a nós mesmos também. Devemos nos encher de amor, nos relacionar sem medo porque a vida é movimento, mudança para evoluirmos e sermos melhores. Você amou um gatinho de forma profunda. Veja que beleza, que manifestação do nosso aspecto espiritual. Prestigiar a vida, manter a vida de um ser vivo que muitos pensam que são seres inferiores e pouco valor lhes é dado. Isto é amar a Deus acima de todas as coisas. Você ama, amou uma das criações divina, um simples gatinho que acabou se transformando num grande significado que perdeu o aspecto físico, mas o mais importante é que está registrado na espiritualidade esta atividade amorosa, este amor sincero, leal, significativo que você fez passar pelo seu coração e se exteriorizar. Aqui em casa devo ter entre 150-200 gatos. Já passaram muitos outros por aqui. Tivemos diversos gatos que apresentaram este problema de cálculo renal. Faz parte da vida dos humanos e dos animais em geral. Muitos morreram mesmo sendo tratados em Clínicas onde ficaram vários dias fazendo terapia medicamentosa e até punção na bexiga. É um problema que se agrava quando fornecemos ração de baixa qualidade (barata). Console-se porque é um problema comum, mas que pode ser tratado com certo sucesso quando percebemos no início. Só que os animais não falam e suas queixas são difíceis de serem percebidas. Muitas vezes deixo de pagar contas como a da luz ou telefone, mas procuro atender os gatos em relação a doenças e Veterinário. Está tarde e ainda tenho algumas coisas para fazer a esta hora. Abraço - Tio Nelso"
Valeu tio! Beijao
Querida, tenho uma gatinha de 8 anos e só de pensar que provavelmente ela irá antes de mim me dá muito medo e tristeza...Mas a vida é isso aí e como diz a minha mae: " o mais triste nao é filho perder pai, é pai perder filho, que é anti-natural" beijao
ResponderExcluirCurta muito a sua gatinha. Com certeza ela terá ainda muitos anos de vida contigo, Fer! Beijao querida e valeu!
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