Se chorei ou se sorri...

 Escolhi a foto desse post de propósito. Foi tirada na semana passada no batizado da Gabi. Inicialmente, tinha pensado em batizá-la nas férias de verão no Brasil.

Ela já estaria maiorzinha e o batismo poderia ser na igrejinha perto da casa da minha mãe ministrado pelo padre José.

Mas aí eu recebi a visita da minha imã que seria a madrinha junto com o meu cunhado. Também veio uma das minhas sobrinhas que estava de férias.

Consegui o contato do padre brasileiro que trabalha na Paróquia do Imigrante aqui e falei com ele. Como o padre é super simpático e foi muito receptivo organizei tudo.

Marquei o cursinho com os padrinhos, agendei a igreja com o padre. Encomendei uns salgadinhos e docinhos do Brasil que vendem aqui.

Convidei amigos e poucos familiares para o batizado. Fizemos numa sala da paróquia porque era dia de semana e foi algo bem simples.

Apesar disso, a Gabi chorou. E chorou muito! De fome, de medo, de estresse, de cansaço. Sem contar que ela está numa fase de mudança do intestino.

Ultimamente ela fica três dias sem fazer coco. Depois, faz normalmente. E aí, de novo. Já falei com o pediatra e não medicamos porque é normal. É uma fase, vai passar. Massagem para aliviar e algumas gotinhas, pronto!

Mas é incômodo pra ela às vezes. De vez em quando ela tem gases. Juntando tudo isso eu entendo perfeitamente o choro da minha filha.

Além do mais, sempre digo: bebês choram porque não falam. E fico impressionada como as pessoas não querem que o bebê chore.

Bebês choram. Uns mais, outros menos. Por diferentes razões. E de vez em quando se acalmam logo, outras vezes não.  Simples assim.

Certo? Nem tanto. Muitas pessoas não pensam dessa forma. E olham a mãe com um olhar de repreensão quando o bebê chora.

Às vezes, olhar não é suficiente e essas pessoas fazem algum comentário brilhante. Foi exatamente isso o que eu passei no dia do batizado.

Eu que ando bem cansada e estava em uma semana super atípica com minha filha tive que escutar essa: você precisa sair mais com ela... ela está estranhando muito as pessoas.

Então finalmente entendi aquela frase: eu sei o que é melhor pra minha filha! Buuuuuuu!

E é isso mesmo. Minha filha é muito tranquila. Ficamos juntas todos os dias, 24 horas. Alguma coisa da personalidade dela eu já conheço. E ela da minha.

Saímos, sim, para passear, sempre que possível, considerando as condições climáticas e ambientais nada amenas de Santiago (frio e poluição).

Minha filha estranha, sim, quando sai do ambiente dela. Ela tem apenas quatro meses vivendo nesse mundo cão e ainda vai explorar muitos lugares no seu devido tempo.

Me considero uma mãe muito tranquila porque tive minha primeira filha muito tarde. E não tenho pressa para nada, muito menos ansiedade.

Estou dando peito para ela exclusivamente e, por isso, evito sim lugares com muito alboroto. Qualquer mulher que está amamentando sabe que é muito melhor dar de mamar num ambiente tranquilo, relaxado, sem muita confusão.

Não é por acaso que sempre que alguma empresa anuncia uma sala especial para amamentar há uma grande festa!

Eu não tenho vergonha nenhuma, absolutamente. Já tirei e dei o peito na rua várias vezes. É muito raro eu entrar num táxi sem ter que tirar o peito pra fora.

Mas não é a mesma coisa que estar com a minha atenção totalmente voltada a minha pequena. Definitivamente, não.

Assim como eu curti cada etapa da gestação, curto cada dia da minha nova vida de mãe. Sempre escuto pessoas mais velhas dizerem: aproveite, passa rápido.

E é isso o que estou fazendo. Falo da minha experiência e vivência e jamais poderia falar por outra, ou outras mães. Porque “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.

A Gabi vai continuar a dar as voltinhas dela comigo. Não tenho pressa. Nos últimos dias om a minha família por aqui ela fez vários passeios diferentes.

Foi à praia e também à neve, foi à igreja para o batizado. Passeou no colo de várias pessoas. Algumas vezes chorou e outras, sorriu que nem o rei Roberto Carlos.

Nós duas estamos sempre por aqui e adoramos receber visitas. Nesse momento, acho que o mais legal e importante pra ela é isso, até mesmo pela nossa limitação motora (não temos carro).

Quem quiser chegar, pode ir chegando porque sempre recebemos de braços abertos, com sorriso e possibilidade, sim, de algumas lágrimas. E aí, vai encarar?


Comentários

  1. Certíssima. Só você sabe o que é melhor para sua filha. Em português ou em espanhol, mande os chatos à merda! E divirta-se porque,sim, passa muito rápido. Quando você abrir os olhos, Gabi já estará um mulherão independente e você vai morrer de saudades do cheirinho de bebê e até da choradeira dela. Espere só pra ver!

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    1. É né Gi? Melhor aproveitar agora para apertar bastante porque depois eles crescem tanto que a gente mal consegue se pendurar no pescoço pra um abraço!

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