Um mês

Ontem, começou oficialmente a minha contagem regressiva mais importante dos últimos tempos. Daqui a um mês, ou antes, ou depois, nasce a minha primeira filha, Gabriela.

Está quase tudo pronto, porque nesse caso acredito que nada nunca está realmente pronto. Sempre tem algo fora do previsto. Normal.

Estou bem tranquila. Todo mundo que me pergunta respondo isso com a maior naturalidade. Sabem por quê?

Tenho lido muito, visto vários vídeos, praticado muita yoga, enfim, me preparado física e psicologicamente para este momento.

Mas eu sei que na hora H, tudo vai ser novo, diferente, imprevisto. Então, como diz o Zeca Pagodinho, “deixa a vida me levar”.

Estou muito feliz com essa novidade na minha vida, com essa possibilidade do imprevisto, do incontrolável. De vez em quando é bom mesmo perder-se. Faz parte dos nossos ciclos de crescimento.

Vou deixar de ser apenas filha, para virar mãe. Ufa! É algo realmente grande e surpreendentemente importante.

Por falar em leitura, entre as minhas incursões por blogs e páginas na internet, encontrei de tudo. Recentemente, li um post de uma ex-colega de faculdade.

Ela escreve para um grupo editorial em Porto Alegre e tem um blog sobre dieta, saúde e bem estar. Obviamente, ela não estava nada feliz com a gravidez.

Digo obviamente porque é impossível ficar magra na gravidez. Por mais cuidados que você tenha, pelo menos a barriga vai estar ali.

Por conta disso, o referido post falava apenas das coisas ruins da gestação. Eu discordo totalmente do texto da menina.

Em primeiro lugar, nenhuma grávida é exatamente igual a outa. Cada uma de nós experimenta diferentes sensações físicas e psicológicas. Não dá para generalizar.

Você pode contar a sua experiência pessoal, ok, e esperar que mais gente “levante la mano” e diga “eu também”. Mas daí a generalizar é um grande risco...

Posso falar da minha gravidez que tem sido muito tranquila desde o início. No primeiro trimestre, não tive enjoos, dores de cabeça, desejos absurdos, tonteira... nada!

Sentia bastante fome e comi muito. Engordei além da conta. Aliás, esse foi meu grande desafio na gravidez. Manter o peso ideal.

Tenho um princípio de hipotireoidismo controlado. Tomo medicação e tal. Mas obviamente essa minha condição me obriga a ter mais cuidados.

A meta do meu médico era ganhar um quilo por mês. Santa ilusão, Batman. Como ganhei mais quilos do que devia nos primeiros meses, depois, fui obrigada a me cuidar bastante.

No segundo trimestre, em especial, passei a controlar melhor a minha dieta. Achei muito ruim porque o médico não te prescreve uma dieta.

Fui buscar na internet e encontrei vários cardápios adequados a cada trimestre da gravidez. Não foi difícil porque eu adoro fruta, verdura, arroz e pão integral, queijo branco, etc.

Nunca fui fã de nenhum refrigerante, embutidos, comida “trash” em geral. Gosto mesmo é de comidinha saudável.

Eu não entrei na neura do meu médico porque eu calculei o meu índice de massa corporal e vi que estava bem dentro do limite.

Além disso, minha pressão durante toda a gravidez sempre esteve excelente. Não tive problemas com inchaços, salvo quando viajei a Porto Alegre de avião.

Perguntei ao meu médico se era necessário usar meias com compressão e ele disse que não. Ledo engano. Cheguei a Porto Alegre com as coxas inchadas. Na volta, os tornozelos incharam.

Resolvi o problema colocando os pés pra cima, tomando muita agua, chimarrão e descansando.

Meu corpo mudou bastante. Além dos peitos e da barriga que aumentaram consideravelmente, outras coisas mudaram.

Minha pele e meu cabelo ficaram ótimos. Sempre tive que usar vários sabonetes esfoliantes e nada disso foi necessário na gravidez. A pele ficou lisinha! O cabelo também!

Minhas veias das mãos estão bem salientes, lembrando que aqui dentro há dois corações batendo fortes. E que o sangue que circula nas minhas veias, também vai para a minha filha.

Nessa reta final, ela tem menos espaço para se mexer aqui dentro. E eu sinto quase todos os movimentos dela. Até mesmo quando ela tem soluço, tadinha!

Sinto os pezinhos mexendo acima do meu umbigo. Gosto desta sensação! Muitas pessoas me perguntam se tenho dor quando me veem tocando a barriga.

Não dói nada. Eu gosto de tocar e pensar que minha filha sente o meu carinho por ela.  Por isso, também canto e converso com ela.

Enfim, faço coisas de mulher grávida. Coisas que nem todas as grávidas fazem. Porque cada grávida é uma pessoa, um indivíduo, assim como esses bebês que a gente carrega aqui dentro por tão longo tempo.

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