Cem por cento latinoamericana

Dia desses uma amiga postou no FB um clip de uma banda hip hop de Porto Rico. Uma música quase de protesto contra o imperialismo gringo na América Latina.

Acontece que essa amiga está preparando as malas para viajar à terra do Tio Sam, muito em breve, para encontrar seu grande amor.

Para evitar exposição e não se comprometer com as autoridades gringas na hora de pedir o visto, ela postou o vídeo com um comentário super paz e amor.

Achei engraçado, mas entendo as razoes dela. Deve estar contando os dias para reencontrar o namorado e não dá para colocar tudo a perder.

Bueno, se depender disso, eu realmente nunca vou conseguir o tão sonhado visto. Já postei esse vídeo umas duas vezes e, agora, mais uma.

Adoro! Acho que a letra é ótima e, por mais que eu queira, não tenho como olvidar a influência norteamericana em momentos importantes da nossa política.

Sou metade brasileira, metade guatemalteca. Cem por cento latinoamericana! Com muito orgulho, sim senhor!

Não tenho como negar as minhas origens. Os traços levemente indígenas me denunciam: olhos puxados, maçãs do rosto salientes, cabelo e olhos castanho escuro.

Estudei um pouco da nossa história e, mais recentemente, a do Chile, outro país latino que também sofreu a interferência dos gringos.

Essas ações deixaram marcas fortes, sofrimento e dor. Coisas que, como diz a canção do Calle 13, se perdoam, mas que são difíceis de se esquecer.

Para ficar no exemplo mais recente, o presidente Obama pediu desculpas pelas experiências médicas realizadas na Guatemala na década de 1940 e que deixaram 83 mortos.

Tem muita coisa feia que ficou para trás. São coisas que a gente não deve esquecer para que nunca mais voltem a acontecer.

Que bom que um presidente sabiamente se preocupa em fazer reparações e em não varrer para baixo do tapete a história que muitos gostariam de esquecer.

Confiram o clip abaixo, vale a pena!

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