Sete anos
Ontem, completaram-se sete anos da morte do meu pai. Eu simplesmente esqueci desse fato. Fui lembrar apenas no fim do dia quando minha mãe mandou uma mensagem para o meu celular perguntando como tinha sido meu domingo. Pensei comigo: foi ótimo! Nem lembrei do aniversário da morte do meu pai. Aliás, quando lembro dele, são sempre bons recuerdos. A dor da perda diminuiu e a alegria por novas conquistas tomou conta dos meus sentimentos. Coloquei a dor para dormir. Esse sensação de que está tudo bem, apesar de não ter mais o meu pai por perto, me fez pensar na nossa capacidade de re-significar os sentimentos. Eu não amo menos o meu pai do que amava quando ele morreu. Eu apenas consigo dar mais espaço na minha vida para a alegria. Essa alegria inclui guardar as boas lembranças que tenho dele. Lembrar somente das datas boas. É claro que esse sentimento tem a ver com a alegria que estou sentindo pelas últimas mudanças na minha vida. Casa nova, trabalho novo, cidade nova, amigos novos e antigo...