Um outro Chile é possível!


Minha mãe veio me visitar no Chile pela segunda vez. A primeira foi em 2010, quando visitamos praticamente todos os museus e espaços culturais da cidade.

Restavam poucas opçõess e novidades para conferir. O que fazer então? O programa preferido de 9 entre 10 brasileiros que visitam o Chile é fazer compras.

Confesso que passear no shopping e fazer compras não está entre as minhas atividades de lazer favoritas, inclusive, em viagens.

É certo que eu sempre recomendo aos meus amigos brasileiros que visitem os maiores shoppings daqui porque os preços são muito mais em conta, na comparação com o Brasil.

Vamos deixar claro que aqui me refiro a roupas e eletrônicos. Quando se trata de comida, os chilenos gastam muito mais que nós brasileiros.

Imagino que isso possa ser explicado pelo fato de que produzimos de tudo e muito! Enquanto isso, aqui no Chile, eles compram muita coisa barata da China e da Índia.

Os turistas brasileiros que invadem o Chile no inverno e no verão agradecem! Compram horrores e saem carregando sacolas e caixas, de vinho!

Antes de me render aos prazeres do consumo, levei minha mãe ao Museu da Memória e dos Direitos Humanos. É um espaço relativamente novo.

Eu ainda não conhecia esse museu e acho que é um programa que deve fazer parte dos roteiros em Santiago por conta dos 17 anos de ditadura militar no Chile.

Nunca é tarde para aprender um pouco de história, ainda mais no ano em que o filme “No” concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

O filme retrata o período em que o Chile viveu o referendo sobre o mandato de Pinochet. O ditador chileno acabou derrotado nas urnas e esse foi o fim do regime militar.

Embalada pelo ritmo de visitas culturais, perguntei à minha mamita se ela gostaria de conhecer o Museu de História Natural, que estava fechado em 2010 por conta do terremoto.

Percebi que ela não se entusiasmou muito e sugeri que fôssemos aos recém inaugurado Mall Costenera, um shopping gigante em Providencia.

Os olhinhos da véia brilharam! E lá fomos nós gastar nossos míseros reais em lojas de departamento gigantes!

Também passeamos nas lojas de Providencia e, num desses passeios, enquanto comentávamos empolgadas sobre os atrativos preços das roupas, uma senhora me abordou:

“Desculpe, mas que idioma vocês estao falando?, Português, somos brasileiras!, Ah, que lindo! Sejam bem-vindas!”. Muito obrigada!

As compras não terminaram por aí e os passeios também seguiram. No fim de semana, fizemos mais um programa legal.

Fomos a Buin, uma localidade que fica há uns quarenta minutos de Santiago, para visitar uma Vindimia, a festa do vinho. Buin tem algumas vinhas chilenas.

É verdade que não degustamos nenhum vinho porque fazia um calor infernal! Mas a entrada era livre e minha mãe finalmente passeou de trem, já que esse é um dos meios de tranporte para se chegar a Buin.

No dia seguinte, fizemos outro passeio bacana. Passeamos de carro pela litoral central do Chile.

No caminho, a primeira parada foi em Pomaire, povoado famoso pelo artesanato em argila. De novo, comprinhas!

Pegamos a Rota 78 e paramos em várias praias chilenas: Llolleo, El Tabo, Cartagena, Quintero, e por aí vai...

Foi um domingo de sol e praia, cheia de gente vestindo roupa, com alguns corajosos enfrentando a água gelada do Pacífico.

Valeu a pena e super recomendo visitar o Chile no verão. Tem muita coisa para se fazer além de compras!

Comentários

  1. Adorei o vídeo!!!! Amei ver o carinho do Cristián contigo, que fofo!
    Beijos pra sua mãe, pra você e pra ele!

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  2. É o amoooooooooooor! Minha mamita foi embora hoje, Myla! Snif, snif... Beijao

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