Um ano novo diferente

Meu feriado preferido de fim de ano sempre foi o ano novo. Adoro viajar e passar a virada do ano na beira da praia.

Morando em Brasília, nem sempre é possível conciliar o desejo com a realidade. Já passei alguns reveillons aqui, inclusive, por conta do trabalho.

















Sempre me junto com alguns amigos, chamo a minha mamita e fica tudo bem. Esse ano foi diferente. Consegui viajar, mas não fui para a beira o mar saudar 2012.

Aliás, já estou com saudades de ir para a praia e jogar umas oferendas para Iemanjá. Se dependesse de mim, a pobrezinha estaria passando fome porque tem tempo que não levo nem uma maçãzinha para ela...

Apesar de não ter ido à praia, curti a virada o ano do alto de um cerro, em plena Santiago. Foi a primeira vez que passei uma virada de ano fora do Brasil.

A vista era privilegiada, mas a poluição de Santiago não ajudou muito. Para completar, bem na hora dos fogos de artifício, o tempo nublou e as nuvens encobriram ainda mais o céu.

É muito legal passar o ano novo fora do Brasil. Se aqui a gente busca diversão na beira da praia e recebe o ano com nossos rituais, no resto do mundo não é tão diferente.

A começar pelo menu. No Brasil, é proibido comer peru ou qualquer ave. No Chile, eles repetem o cardápio do Natal e comem de novo pavo.

Preferi não arriscar e comi sushi. Para minha sorte, fomos para uma casa onde foi servido um menu super delicioso, que não incluía peru.

Comemos uma entrada deliciosa de cream chease decorado com diversos tipos de ervas. Além de ficar bonito com o colorido das especiarias, ficou super gostoso.

Comemos salada e carne assada. Bebemos cerveja e espumante, claro!

Antes mesmo de viajar, já estava pensando no que vestir. Aqui, usaria uma roupa branca, sem dúvida. Mas no Chile podia vestir algo diferente.

Ninguém se preocupa com a cor da roupa lá. No máximo, com a roupa íntima. É comum andar pelas ruas e ver ambulantes vendendo calcinhas e cuecas amarelas.

Assim como os brasileiros, os chilenos acreditam que essa cor atrai dinheiro. Escolhi um vestido azul claro, com estampas de flores vermelhas.

Outra coisa interessante que observei na virada do ano chilena é que essa é a única data em que se pode beber na rua.

Por lei, é terminantemente proibido beber na rua. E todo mundo respeita a lei. Mas no dia 31 de dezembro é possível sair com uma lata de cerveja e beber sem medo de ser preso.

Viajar é sempre bom. Mergulhar em outra cultura, melhor ainda. Andar entre aqueles e aquelas que são locais, nos ajuda a valorizar e questionar as nossas referências.

Esse fim de ano foi super especial. Espero repetir muitas outras viradas e ano fora do Brasil.

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