Voltei

Voltei, literalmente! Do Chile, do recesso, para o blog! Passei uma semana em Santiago descansando e garimpando histórias para contar.

Essa viagem foi ótima para sair do clima seco de Brasília. Escolhi a melhor semana para viajar. A capital passou por queimadas que fecharam o aeroporto.

Além disso, a baixa umidade colocou a cidade em estado de atenção. Escolas suspenderam as aulas em alguns lugares.

Santiago estava ensolarada, mas com um friozinho de leve. Não choveu nos dias em que estive lá, mas tinha umidade suficiente para recuperar meu organismo.

Aproveitei o clima gostoso para passear um pouco. Não era a minha primeira vez na capital chilena, mas sempre tem programas novos para a gente fazer.

Fui ao Centro Cultural Gabriela Mistral para ver uma exposição de fotografia sobre o circo no Chile. O lugar é incrível, mas fiquei decepcionada porque só tinha uma mostra em cartaz.

Também consegui, finalmente, ir ao cinema em Santiago. Nos quatro meses em que morei lá, nunca tinha ido a uma sessão. Dessa vez, tinha que ir porque o filme pode nem chegar ao Brasil.

Vi o filme sobre a vida da Violeta Parra, Violeta se fue a los cielos, do diretor Andrés Wood, o mesmo de Machuca. Amei o filme!

Já conhecia a biografia da Violeta e tinha certeza de que era um personagem muito especial. Me emocionei várias vezes. Espero que o filme chegue ao Brasil e que vocês possam conferir!

Foi a primeira vez que fui sozinha ao cinema! Mas a vontade de ver o filme era tanta que não podia perder essa chance.

Além dos passeios que fiz sozinha, fui procurar pessoas porque hay que disfrutar de la gente. Adoro conversar e interagir, ainda que eu não deixe de fazer meus programas comigo mesma.

Procurei uma amiga brasileira que conheci na minha última ida ao Chile, a Barbara. Ela casou com um chileno e trabalha com o marido numa banca de revistas.

Carioca, bonita, simpática, não demorou para a gente se entender. Deixei ela desabafar e falar dos chilenos, afinal, sei bem como um brasileiro sofre no Chile.

Sugeri que ela procurasse o livro da Isabel Allende para ler, Meu país inventado. Achei que seria uma boa maneira de ver que os chilenos são assim mesmo, ainda mais dito por uma famosa chilena.

Pois bem, na véspera da minha viagem de volta passei para dar um abraço e um beijo e lá estava a Barbara, com um sorriso no rosto, devorando o livro da Isabel Allende.

Ela me agradeceu pela sugestão e parecia aliviada por descobrir que não era apenas ela que implicava com os costumes daquele povo tão europeu em plena América do Sul. Terminamos o dia rindo e tomando um chopp.

Muito mais importante que tudo isso foi aproveitar meus dias de descanso para relaxar a mente. Fiquei hospedada num quarto com vista para a Cordilheira. Que delícia!

Também namorei muito e matei a saudade do meu amor. É muito dificil namorar de longe. De pertinho é tão melhor! Mas já que a vida me reservou essa surpresa, aproveito o melhor que posso!

Hasta pronto Chile!