Dia do jornalista, e daí?
Semana passada foi o dia do jornalista. Nem sei que dia foi e também não me interessa, sinceramente. Eu me formei em Jornalismo, mas segundo muitos coleguinhas eu nunca exerci a profissão.
Tenho o registro profissional, sou formada há 10 anos e exerço a profissão há, mais ou menos, 12. Não sou novata.
Quando eu era estagiária, na assessoria de imprensa do Dmae, lembro de atender jornalistas completamente perdidos, que ligavam das redações fazendo a maior confusão.
Meu trabalho consistia em orientar esses caras para que eles conseguissem produzir uma matéria e transmitir algum tipo de informação de interesse público.
No entanto, o trabalho de assessor de imprensa, por mais profissional que você seja, nunca, nunca mesmo, é reconhecido no meio jornalístico.
Os grandes medalhões são os caras que passaram anos em redação. Um dia, sem querer, e com um grande salário, eles são convidados a trabalhar nas assessorias.
Alguns fazem um bom trabalho, mas acredito que assessoria de imprensa tem uma lógica bem diferente de redação. E pensar em estratégias de comunicação é algo que muitos desses medalhões jamais conseguem fazer.
Cheguei num ponto da minha carreira profissional, depois de uma certa maturidade e alguma experiência, em que cada vez tenho menos admiração pela profissão.
O jornalismo do jeito que é feito hoje não me seduz, não me enche de orgulho, pelo contrário, me mata de vergonha.
Cada vez mais me encanto com as ciências sociais, com a filosofia, com a ética, com as relações humanas, com todas as disciplinas que passam pela comunicação, mas que não sao comunicação.
No dia do jornalista eu não parabenizei ninguém, nem senti falta dos parabéns. Espero, de verdade, encontrar um novo caminho profissional, que realmente desperte inquietude e provoque meu espírito contestador.
Afinal de contas, foi por causa desse perfil questionador que eu optei pelo jornalismo. Essa curiosidade natural pela vida e por entender as coisas e as pessoas.
Hoje, um amigo na época de faculdade me mandou um trailer de um documentário que despertou lá dentro aquela chama quase apagada. Não se trata de paixão adormecida pelo jornalismo. Mas dessa chama da angústia por não compreender e querer entender o mundo em que vivemos. O vídeo em questão é um documentário sobre o quanto a obra O Capital, do Karl Marx permanece atual, tantos anos depois.
Tenho o registro profissional, sou formada há 10 anos e exerço a profissão há, mais ou menos, 12. Não sou novata.
Quando eu era estagiária, na assessoria de imprensa do Dmae, lembro de atender jornalistas completamente perdidos, que ligavam das redações fazendo a maior confusão.
Meu trabalho consistia em orientar esses caras para que eles conseguissem produzir uma matéria e transmitir algum tipo de informação de interesse público.
No entanto, o trabalho de assessor de imprensa, por mais profissional que você seja, nunca, nunca mesmo, é reconhecido no meio jornalístico.
Os grandes medalhões são os caras que passaram anos em redação. Um dia, sem querer, e com um grande salário, eles são convidados a trabalhar nas assessorias.
Alguns fazem um bom trabalho, mas acredito que assessoria de imprensa tem uma lógica bem diferente de redação. E pensar em estratégias de comunicação é algo que muitos desses medalhões jamais conseguem fazer.
Cheguei num ponto da minha carreira profissional, depois de uma certa maturidade e alguma experiência, em que cada vez tenho menos admiração pela profissão.
O jornalismo do jeito que é feito hoje não me seduz, não me enche de orgulho, pelo contrário, me mata de vergonha.
Cada vez mais me encanto com as ciências sociais, com a filosofia, com a ética, com as relações humanas, com todas as disciplinas que passam pela comunicação, mas que não sao comunicação.
No dia do jornalista eu não parabenizei ninguém, nem senti falta dos parabéns. Espero, de verdade, encontrar um novo caminho profissional, que realmente desperte inquietude e provoque meu espírito contestador.
Afinal de contas, foi por causa desse perfil questionador que eu optei pelo jornalismo. Essa curiosidade natural pela vida e por entender as coisas e as pessoas.
Hoje, um amigo na época de faculdade me mandou um trailer de um documentário que despertou lá dentro aquela chama quase apagada. Não se trata de paixão adormecida pelo jornalismo. Mas dessa chama da angústia por não compreender e querer entender o mundo em que vivemos. O vídeo em questão é um documentário sobre o quanto a obra O Capital, do Karl Marx permanece atual, tantos anos depois.
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