Por enquanto

Decidi fazer yoga porque curto. Gosto da Hatha Yoga, a clássica, aquela do professor Hermógenes.

Encontrei uma escola clássica em Brasília. Fiz uma aula experimental, gostei e me matriculei.

Aluna aplicada, comprei o livro do Hermógenes. Estou lendo o livro e fazendo as aulas.

A yoga foi uma opção para fugir do sedentarismo, melhorar a concentração, a postura, mas também para encontrar pessoas na mesma sintonia que a minha.

Mas não tem nada disso no meu curso. Chego quase sempre em cima da hora, mal dá tempo de dizer algo mais que boa noite. Hoje, nem isso.

Cheguei na memsa hora em que uma colega. Vi quando ela estacionou e foi em direção a escola. Olhando firme pra frente.

Ela subiu a escada lado a lado, no meu passo, e em nenhum momento levantou a cabeça para me cumprimentar.

Agora, eu pergunto, de que adianta uma pessoa ficar quase 60 minutos meditando, energizando chacras e cultivando o pensamento positivo se não consegue nem dizer oi?

Quando optei pela yoga queria encontrar pessoas com quem eu tivesse algum tipo de identificação e essa realmente não sou eu.

Chegando em casa, duas meninas bateram os carros aqui em frente. Desceram do carro e começaram uma discussão.

Que coisa feia, duas pessoas brigando por causa de acidente de carro. Nem perguntaram: voce se machucou? Está tudo bem?

A gente vive num mundo cada vez mais doido, onde cada vez tem menos espaço para gentileza e mais se cultiva o egoísmo.

As pessoas não sabem mais conviver juntas. Em sociedade. Isso é realmente assustador. Porque muito provavelmente no ritmo em que as coisas vão a gente vai precisar muito uns dos outros.

Eu acho que um dos filmes que mostra super bem isso é Blindness, baseado no livro Ensaio sobre a Cegueira. O ser humano em condições extremas mostra o seu dark side.

Por enquanto, ainda estamos vivendo bem. Mas os terremotos, tsunamis e acidentes nucleares estão aí para nos lembrar o quanto somos frágeis nessa vida.

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