A yoga da cura
Mês passado
terminei minha prática de yoga porque nossa instrutora vai dar um tempo. Ano
que vem, ela retorna, mas por enquanto, paramos.
Justo
quando finalmente consegui fazer o corvo! Ah, mas quando ela voltar, vamos
retomar e avançar ainda mais!
Fiquei
triste, lógico, amo a yoga e é algo que concretamente me faz super bem para a
mente e o corpo.
Eu acredito
no poder de cura da yoga seja para os males psíquicos, seja para os físicos.
Fim de
semana passado tive a prova disso. Passei muito mal do estômago por conta de
uma medicação para a alergia.
Meditando na Chapada dos Veadeiros |
Sai de mim, alergia!
Esse ano
estou sofrendo horrores com o clima de Santiago. Juntou tudo: o ar poluído, o
pólen e todas as partículas que meu nariz consegue absorver.
Isso é
sinal de que estou saindo bastante com a Gabi. Passamos boa parte do nosso dia
na rua. Costumo sair com ela duas vezes: pela manhã e à tarde.
É
indispensável porque moramos num apartamento muito pequeno. Ela precisa de
espaço para brincar. Além disso, gosto que ela brinque com a terra, veja as
plantas e gente na rua!
Esse entra
e sai no mês de setembro me derrubou! Passei outubro penando com a alergia até
que consegui uma hora no otorrino.
Sai de lá
aliviada, pensando que alguns comprimidos e um spray para o nariz resolveriam o
problema e eu poderia retomar minhas atividades de “mãe” sem maiores problemas.
Realmente,
a melhora veio em seguida, junto com os efeitos colaterais devastadores dos
remédios. Comecei a passar mal do estômago.
Dores
horríveis! Azia e uma queimação insuportável! No sábado a noite, deitei na cama
e não conseguia dormir.
Retomando a prática depois do parto |
O poder da respiração completa
Já estava
passando um filme na minha cabeça pensando que teria que ir a uma emergência e
pensei: o que eu posso fazer para me sentir melhor?
Então,
comecei a fazer a respiração completa da yoga, bem devagar. Enchia os pulmões
de ar, projetava o abdômen para frente e segurava uns segundos.
Depois,
soltava devagar, até esvaziar completamente os pulmões e contrair o abdômen. E
assim fiquei um bom tempo até que dormi! Consegui dormir!
Por isso,
hoje, toda vez que tenho alguma adversidade na vida, sempre penso na yoga. No
que aprendi e em tudo o que ainda posso aprender.
A meditação
tem um poder impressionante. A gente não dimensiona, mas o que a gente sente
tem tudo a ver com o que a gente projeta e pensa.
Todo esse
mal estar foi gerado pela medicação, com certeza mas foi reflexo do grande
estresse que tenho vivido nesse ano todo.
Bye, bye, ladies
Em outubro,
joguei a toalha porque não aguentava mais. Precisei abrir mão de algumas coisas
como colaborar com o blog Brasileiras Pelo Mundo.
O blog é
uma plataforma colaborativo, portanto, todas escrevemos gratuitamente numa
espaço que dá bastante visibilidade às colunistas.
Foi um
período muito bom da minha vida, no qual conheci mulheres maravilhosas e fiz
uma grande amiga aqui em Santiago.
No geral,
acho que valeu muito e acredito que esse ciclo, pelo menos no momento, está
concluído satisfatoriamente.
Preciso de
mais energia para me dedicar às outras tarefas diárias que me consomem quase
integralmente.
A rotina de
trabalhar em casa e cuidar sozinha da Gabi pesou nesse ano. Cuidar da casa,
cumprir prazos, entregar um trabalho de qualidade, cuidar de mim (essa é a
parte que está mais necessitada!).
Prática de Kundalini Yoga no post natal com a Gabi |
Aqui se perde, aqui se ganha!
Perdi de um
lado abandonando o BPM, mas ganhei de outro. Tenho orgulho de dizer que esse
mês consegui ler, vejam só, três livros!!!
Ok, eram
curtinhos, mas foram três! Para quem não conseguiu ler nada em quase um ano
inteiro, foi uma grande conquista!
Não tenho
ainda muitos planos para 2018, mas um deles é retomar a prática da yoga, quem
sabe com a minha querida instrutora!
A Gabi já
está matriculada num jardim de infância e vai ficar meio período por lá. Com
isso, vou ganhar algumas horas para mim.
Vai ser a
nossa primeira separação, já que desde que ela nasceu estivemos sempre juntas.
Não é por nada que digo que ela é o meu “chicletinho”.
Crescendo juntas
É
importante para ela. Vejo que a Gabi cada vez mais procura o contato com outras
crianças da mesma idade.
Outro dia
encontrou uma menina aqui no corredor do edifício e ficou tão feliz que até
beijo e abraço deu!
Assim como
ela necessita dar esse passo, eu também. A vida vai entrar em outro ritmo e a
gente, como sempre, vai se acostumar.
Enquanto
não chega esse momento, seguimos por aqui, juntas. Até na prático da yoga ela
me acompanha aqui em casa.
Coloco os
vídeos da minha instrutora no computador e ela fica em volta imitando as
posturas. Quem sabe por aí, desperto uma paixão na minha filha por algo que
realmente é maravilhoso, a yoga!
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