Um mês que chega e outro vai

Chegou agosto, aquele mês que me deprime porque foi num 22 de agosto que meu pai faleceu. Nessa época do ano, a gente também já está com a bateria fraca.

Gastamos bastante energia para sobreviver ao primeiro semestre e tentamos manter o otimismo de que tudo vai melhorar nos próximos seis meses.

Terminei o mês de julho pensando que tinha sido ruim, mas quando comecei a fazer um revival de tudo o que aconteceu, me dei conta de que foi bom.

Comecei julho me despedindo da minha mãe que passou dez dias comigo no Chile. Não passeamos muito porque ela já veio tantas vezes pra cá e já viu quase tudo em Santiago, que eu até já contei aqui!

Curtimos horrores! Para mim, foi uma delicia ter companhia todos os dias para tomar o café da manhã e conversar!

Ter alguém em casa para ver as travessuras da Gabi e rir comigo! No último dia, fizemos um programa bem frufru. Fomos ao Centro de Santiago comprar as lembrancinhas e como nos divertimos!




No último dia dela aqui, chegaram uns vinhos que eu comprei pela internet. Dei um de presente para ela levar. Lá se foi ela com a mala cheia e deixou meu coração vazio.

A gente não saiu muito, mas numa dessas saídas vivi uma experiência bizarra. Subimos a Cordilheira com a Gabi de carro e no caminho ela vomitou. Tadinha!

Foi a primeira vez. Não sei quem ficou mais assustada: eu ou ela! No final, deu tudo certo. Ainda bem que estavam comigo minha mãe e o Cristian.

Procura-se um pediatra que goste de crianças

Foi por conta de um dos passeios que fizemos que a Gabi acabou doente. Fomos no Tropa, um café para crianças e adultos, onde percebi várias crianças resfriadas brincando.

Fiquei torcendo para a Gabi não se contaminar, mas não teve jeito. Ela ficou super mal, até febre teve um dia.

O bom disso tudo foi que finalmente trocamos de pediatra. Já fazia tempo que eu queria trocar porque não gostava do pediatra dela.

Já tinha procurado outros pediatras, mas como não me acertei com nenhum, acabei ficando com esse.

Mas como ele não acertou no diagnostico, fui em outro, indicado por uma amiga. A Gabi ficou bem mais tranquila na consulta e ele conseguiu curar o resfriado com um xarope bem barato.



A neve em Santiago

Mas, afinal de contas, por que achei julho um mês bom? Foi especial e fora do comum a neve que caiu em Santiago.

Todo mundo viu nas notícias pelo Brasil, certamente, e foi emocionante! Ver neve pela primeira vez aqui!

Muita gente acordou de madrugada para ver a neve. Nós não. Dormimos como pedras nessa noite.

De manhã, sempre abro a cortina para ver como está o dia e foi isso o que eu fiz. Vi que estava tudo branco e chovia bem fininho.

Chamei o Cristian e ele disse: tá nevando em Santiago! Uau! Foi muito legal! Foi a primeira vez que a Gabi, já maiorzinha, brincou com a neve.

Foi bem impressionante porque moramos no Centro e, supostamente, iria nevar nas áreas próximas à cordilheira.

Alguns lugares ficaram completamente nevados! Como a gente não tem carro, não pudemos conferir de perto o visual.

Mas aqui mesmo no nosso edifício, pela manhã, ainda tinha neve cobrindo a grama e o playground.

Sem contar que do terraço do edifício também temos uma vista linda de vários pontos como o Cerro San Cristóbal e alguns cerros onde dava para ver a montanha completamente nevada!



Vacaciones

Além da neve, em julho, apesar da Gabi não ir na escolinha ainda, tivemos alguns dias com clima de férias.

Sai com ela um dia para tomar um sorvete, coisa que ela adora! Fomos no barrio Italia que é super deslocado e cheio de lugarzinhos bacanas. Eu e Gabi!

Na mesma semana, o grupo de mamães brasileiras marcou um encontro no Parque Bicentenário e lá fomos nós com nosso tradicional bolo de cenoura com calda de chocolate.

As crianças adoraram e as mães também! Curtimos bastante a tarde ensolarada e o parque cheio.

Terminei esse pseudo semana de férias tomando um cerveja com a querida Joy e família numa casa onde sempre somos muito bem-recebidos!



Punk

A última semana do mês foi tensa aqui em casa. Estamos com alguns problemas já faz tempo e temos dificuldade de conversar.

Nas poucas vezes em que conseguimos sentar e conversar, fica claro que os dois estão preocupados.

Posso falar de mim, não pelo outro. Desde que fiquei grávida, tive que abrir mão de muitas coisas, algumas das quais não sinto a menor falta, outras sim, sinto saudade.

A falta de rede de apoio aqui (leia-se: pessoas que possam nos ajudar no cuidado da nossa filha) também sobrecarrega o casal. Cansa.

Quando minha mãe esteve aqui, ela ficou com a Gabi para a gente ir num bar. Foi a primeira vez em dois anos que saímos sozinhos para tomar um chopp.

Normalmente, nunca saímos juntos. Cada um saí com seus amigos, por isso, parece que tá faltando algo. 

Outro dia, saí com uma amiga e ela se ofereceu para ficar com a Gabi para a gente poder sair. Eu realmente confio e acredito nela. Vamos ver quando será essa saída!



Só a yoga salva

Em julho, a yoga foi uma excelente válvula de escape, mas em agosto não vou poder ir nas aulas por conta do turno do Cristian esse mês.

Farei em casa as minhas sessões já que tenho tudo e a profe tem um canal no YouTube, o Viva Yoga.

Não vou fazer que nem os políticos e prometer manter o blog atualizado. Aliás, o fato de não conseguir atualizá-lo com frequência deve-se justamente a esse desgaste que mencionei no final do texto.

Mas vamos em frente porque agosto pede passagem e ele é implacável. Vou me fortalecer para encarar mais um dia 22 com saudade e sem meu papito.

***

Já tá melhorando: em 2016, publiquei apenas 12 textos. Esse ano, que está na metade, já foram 12! 



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Comentários

  1. querida. gratidão pelo texto.
    dizem que a felicidade não requer nenhum tipo de renúncia.
    eu já não sei se acredito nisso. na minha vida parece que para escolha uma renúcia. e lá vou eu tendo que me encaixar no mundo. mas tudo bem... e sabe aquela tua amiga sedentária e tensa? não mais... yoga ainda não consigo, mas desde 2015 frequento uma academia, no mínimo, 3x por semana. e descobri que gosto muito. não estou trabalhando formalmente a sete anos, sinto falta dos meus vídeos. porém tenho algo precioso para esta última etapa da vida que é o tempo. saudades Bela

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    1. Oh, Gi, saudade de você também. Fico muito feliz por essa nova etapa na tua vida. Como a gente mudou, né? Que bom! Beijos

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  2. Feliz de ser parte de tuas histórias. E vamos fazer deste agosto um mês fantástico, mesmo que tenha um sssabor agridoce :)

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    1. Eu também, feliz demais com você por aqui! Vamos, sim! Beijos e gracias amiga!

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  3. É isso aí! Que venha o agosto. A única coisa boa pra mim é o aniversario do meu querido e amado filho. Mas vamos torcer pra que venha cheio de surpresas e novidades boas. Bjs

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    1. Delicia! Um leonino para celebrar! Bora lá que agosto não espera! Bj

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