Um big post em três partes
Fiquei
afastada por mais de um mês do blog, coisa triste! Sempre tento escrever ao
menos um texto por mês, mas está cada vez mais difícil.
Isso
aconteceu porque estou trabalhando como community manager em casa. O que eu
faço? Monitoro e atualizo redes sociais para um cliente.
Como eu
consigo tempo para fazer isso? Quando a Gabi dorme, ou quando o pai dela pode
estar com ela.
Fora isso,
tenho os meus textos do site de casamentos que eu continuo escrevendo. Esses
são mais fáceis de me organizar porque mandam os textos antecipadamente.
O trabalho
é a razão principal para eu me ausentar do blog porque eu conseguia escrever no
meu tempo “livre”.
Porque ser
mãe 24 x 7 é uma loucura. Nesse meio do caminho, tivemos vários contratempos
aqui em casa.
O mais forte
deles foi a presença do meu enteado adolescente que brigou com a mãe dele e
ficou morando com a gente por uns dias.
Eles já se
acertaram e ele voltou para casa. Ainda bem porque hoje estamos super apertados
aqui e falta espaço para receber os meninos nos fins de semana, menos ainda
para ter uma pessoa morando com a gente.
Essa é uma
pendência que temos, mas está bem difícil solucionar. Os alugueis estão super
caros para apartamentos de três quartos.
A maioria
das pessoas prefere comprar e nós também gostaríamos, mas enquanto não sai o
divórcio do Cristian ficamos na mesma.
São coisas
que me cansam só de pensar, mais ainda ao escrever. Para tentar sobreviver a tudo isso, de vez em
quando damos uma escapada para desopilar.
Parte 1: sair por aí
Nesse tempo
em que estive ausente fizemos isso duas vezes e foi muito bom para todo mundo!
A primeira
vez que saímos para passear fomos a Valparaíso no meu aniversário. Soprei as
velhinhas num lugar que eu gosto muito e na companhia de pessoas muito
queridas.
Gente com
quem eu gosto de conversar, que aliás é o que eu mais sinto falta morando aqui
no Chile: uma boa conversa!
Porque a
maternidade me isolou muito e eu, que já tinha poucas amigas, fiquei imersa no
mundo da Galinha Pintadinha e companhia.
Esse
isolamento também repercute nas celebrações dos meus aniversários desde que vim
morar aqui.
Sempre
gostei de celebrar, nada grande, mas uma reuniãozinha para rir e conversar. Na
falta de um quórum para organizar algo, viajar me parece uma excelente pedida!
Sair de
casa, renovar as energias, mudar de ares, sempre dá aquela chacoalhada! Por
isso, umas duas semanas depois, quando recebemos um convite para visitar um
amigo do Cristian fora de Santiago, topei na hora!
Fomos
visitá-lo numa chácara super linda numa cidade no entorno de Santiago, em Calera de Tango. Aliás,
essa é uma tendência cada vez mais forte por aqui.
As pessoas
fogem dos preços exorbitantes, da poluição e da falta de qualidade de vida.
Para isso, decidem morar fora de Santiago, em lugares onde você pode chegar de metrotrem, ônibus ou colectivo (táxi compartilhado).
O lugar era
lindo, com muito verde, uma casa de madeira deliciosa e muito frio! Nos
divertimos bastante e foi outro momento de boas conversas e risadas.
Nessas duas
ocasiões, a Gabi dormiu fora e acho tão bom acostumá-la assim. Dormir em outra
casa, conviver com pessoas diferentes e socializar!
Parte 2: socializar fora das redes sociais
Além dos
passeios fora de Santiago, outra coisa que me manteve bem ativa nesse período
foram os encontros com as mamães brasileiras aqui no Chile.
Temos um
grupo no Facebook e, de vez em quando, fazemos encontros presenciais. São
ótimas oportunidades de juntar os pequenos, dividir as angústias e rir um
pouco!
Mas eventualmente é bom sair desse universo maternal, foi o que fiz em duas ocasiões
com duas amigas diferentes, no Café Survenir, em barrio Italia.
Aliás, amigas
é o que tenho tentando cultivar aqui, cuidar das minhas amizades. São poucas,
já que sou bem seletiva, mas pessoas bem especiais.
Uma dessas
amizades começou pelo Facebook, quando formamos um grupo de brasileiros de
esquerda e organizamos alguns protestos na época do impeachment.
Dali, fiz
uma amiga, a Valentina, e foi com ela que sai para falar de outros temas além
da maternidade, porque ela não tem filhos. E como foi bom!
É muito
ruim virar uma pessoa monotemática. Tem tantas coisas interessantes além de ser
mãe que a gente sente falta de ouvir e falar... mas nem sempre tem alguém para
conversar.
Outra
amizade linda daqui começou como uma relação profissional. Eu dava aulas de
Português para a Maria Isabel e ficamos muito amigas.
Ela é uma
pessoa incrível e a gente, simplesmente,
adora conversar! Temos uma sintonia muito grande, embora nossas opiniões
políticas sejam bem divergentes, o que eu adoro!
Adoro
quando aceitamos as opiniões diferentes dos nossos amigos e os tratamos com o
mesmo respeito que queremos receber.
O mundo
anda tão feio e chato com esse pensamento único e a intolerância que cada vez
que a gente encontra alguém e consegue divergir sem se ofender, nem agredir, é uma benção do universo.
Falando em
sintonia, esse é o tema da terceira e última parte desse big post. Comecei a
fazer aulas de yoga aqui em Santiago com uma instrutora brasileira de Brasília!
Impressionante
como essa cidade está sempre presente na minha vida e cruzando meus caminhos!
Conheci a
Ceres há um ano, quando ela anunciou (no Facebook) uns docinhos brasileiros
para vender.
Encomendei
alguns para dividir com meus colegas de trabalho. Eles não mereciam tanto
carinho, mas a vida é tão grata que quem ganhou com esse gesto fui eu!
Porque conheci
uma pessoa super especial. Estou adorando a Yoga, me ajuda muito a ter
disciplina, energia, tolerância, paz. Gosto muito mesmo!
As aulas são
em português e logicamente acabo conhecendo mais brasileiros e vamos trocando
experiências sobre morar aqui.
Uma das
coisas que eu mais adoro é a meditação. Ainda sou muito iniciante, mas adoro!
Sem contar que me ajuda bastante na minha vida pessoal.
Nesse tempo
em que estive ausente, passei por um grande susto na minha família. De novo, o
câncer andou nos rondando e ficamos todos em pânico.
Uma das
minhas irmãs teve uma suspeita de um tumor, justo na região dos gânglios
linfáticos. Para quem não sabe, meu pai morrei de Linfoma.
Enquanto esperávamos
o resultado dos exames, o que me deixou super centrada foi a meditação.
Muitos
mantras, incenso e pensar apenas em coisas boas, alimentando a alma com as
melhores energias, me ajudou.
No final, o
diagnóstico de câncer foi descartado e sobrevivemos a mais esse susto. Agora,
estou numa outra fase.
Contando os
dias para a chegada da minha mãe que vem nos visitar e passar dez dias com a
gente.
Não é fácil
estar longe. Não é bom ficar muito só. Daqui e dali, vou tentando me equilibrar
e ficar bem.
Porque ser
feliz é importante não apenas para mim, mas especialmente para a minha filha. Na
medida me que me alimento com bastante amor e felicidade, também posso
distribui-lo em dobro.
Muitas
vezes eu reclamo e reclamo mesmo, desabafo... Não vejo razão nenhuma para que a
gente guarde as amarguras da vida.
Todos temos
maus momentos. Ninguém é o tempo todo feliz como nas redes sociais. Viver a
vida intensamente é viver tudo: o bom e o mau, os dias de luta e de glória.
Tudo.
Porque se não
fosse assim eu não seria a pessoa que sou. O dia em que eu parar de ser tão
intensa nas coisas que faço, me internem, ou me enterrem.
Por enquanto, peço apenas que sejam pacientes e não deixem de ler meus textos.
Por enquanto, peço apenas que sejam pacientes e não deixem de ler meus textos.
***
Descobri um mantra maravilhoso na aula de yoga e deixo aqui um trechinho para vocês. Namastê!
Nhó.... Post em partes, vida em partes, né?
ResponderExcluirA gente se perde um pouco na maternidade e vai se achando aos poucos. de vez em quando precisamos dar uma forcada no encaixe das pecinhas, mas vai dando tudo certo. Fugir do papo de mae ajuda MUITO. Somos humanas, precisamos variar um pouco!
Bem que a gente tenta nos ossos encontros falar señoritas coisas né? Pelo menos tudo fica mais leve! Beijos
ExcluirComo é bom te ler minha amiga! Parece que vc estava aqui do lado, conversando comigo no sofá da sala!
ResponderExcluirAh! Amei os gifs!
Ah! Saudade Myla! Sinto muito a sua falta. Viu que tô aprendendo? Valeu Myla! Beijos
ExcluirJá é hora do nosso próximo café, ou chimarrão ��
ResponderExcluirÉ mesmo! Bora tomar esse café ou um mate? 😉
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