Como uma onda no mar

Meu blog está super desatualizado. Shame on you! Tem acontecido tanta coisa na minha vida que falta tempo para sentar e escrever. Mas as ideias estão aqui, fervilhando na cabeça.

Na semana passada, antes do Carnaval, passei por alguns problemas no trabalho. Normal, todo mundo passa por isso.

Afinal de contas quem já assistiu ao seriado The Office sabe que no mundo do trabalho o que mais existem são pequenos dramas vividos no ambiente corporativo. Faz parte.

É tão real que acabou virando seriado de televisão. Super recomendo para quem quer dar umas risadas e desopilar dos problemas no trabalho.

Eu não chamaria de problemas, mas de aborrecimentos. Problemas, de verdade são aqueles nos quais nós realmente sentimos todo o poder da nossa impotência.

Enfrentar situações limite que testam a nossa força interior, aí sim você tem um problema. Usar toda a sua sabedoria para superar o inesperado.

Quase sempre a gente esquece que tem essa capacidade. Lembramos apenas quando nos deparamos com algo que não estava previsto, nem era desejado.

Na mesma semana em que me senti fragilizada, duas amigas enfrentaram verdadeiros problemas. Pensar nessas duas mulheres, tão queridas e doces, me fez rever a minha atitude.

Uma das minhas amigas perdeu o pai. Ele tinha problemas cardíacos e precisou fazer uma cirurgia. Ninguém imaginava que poderiam acontecer complicações.

A notícia realmente surpreendeu e pegou todos na família de surpresa. Como já perdi meu pai e sei o quanto é sofrido passar por isso, fui ao velório dar um abraço na Bia.

Outra amiga, que mora em Londres, está super bem casada e cursando o Mestrado, descobriu uma reincidência de um câncer mama.

Tomo a liberdade de escrever sobre esse assunto delicado no blog porque ela dividiu com os amigos a notícia no FB. Não tenho ideia do que é enfrentar uma situação como essa.

A Carlinha já teve um câncer de mama e se recuperou muito bem. Mas deve ser um saco descobrir que depois de cinco anos, você tem de lidar com isso de novo.

Imagino que todas as nossas forças e crenças são testadas nessa hora. Vários amigos deixaram manifestações de carinho no FB e estou certa de que essa corrente ajuda sim.

Saber que temos amigos que estão unidos numa corrente do bem, sempre ajuda, em qualquer adversidade.

E acredito que o mais importante, caros leitores, é saber que a vida é esse movimento louco de chegar e partir, idas e vindas, certezas e dúvidas.

Lembrei da canção Como uma Onda, do Lulu Santos, quando pensei nas minhas amigas. Tudo muda o tempo todo no mundo.

Assim como esse início de ano trouxe surpresas, que forçaram as minhas amigas a remarem no mar revolto, lá adiante vem a maré baixa e a calmaria.

No que depender de mim, estamos todas no mesmo barco. Vamos seguindo, sem rumo certo, apenas com a certeza de que temos a coragem para enfrentar essas tempestades no mar da vida.

Comentários

  1. Bela, para mim esse seu post soa como uma boa lembrança e carinho que tens pelas amigas. Obrigada.
    Apesar de ser algo hereditário, contudo já ter passado por isso há 6 anos atrás, tomei um susto com a notícia no início de fevereiro.
    E com certeza como foi da primeira vez, as pessoas queridas (a família e os amigos) são muito, muito importante para se atravessar esse momento. Nos ajudam a transpor a onda desse mar chamado vida. E o FB foi a maneira mais "democrática" de comunicar aos amigos, pois os que estão lá conheço pessoalmente e são de certa forma parte de mim, de como eu me coloco no mundo.
    Obrigada querida pelo carinho.
    Grande abraço em ti, Carlinha

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  2. Carlinha, eu é que tenho que agradecer a Deus por ter uma amiga como vc! Me sinto muito especial por ser parte do seu ciclo de amigos e poder dividir mais esse momento das nossas vidas. Estamos juntas, na maré alta, ou na baixa! Beijao querida

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