Eu gosto mesmo é das trilhas de pedras

Faz mais ou menos uma semana que escrevi aqui a respeito de como me sentia desde a minha volta do Brasil. É impressionante como o movimento da vida muda tudo o que eu escrevi!

Nesse curto espaço de tempo, várias coisas aconteceram e todas elas ajudaram a acalmar meu coração. Consegui atravessar aquela tormenta emocional sem maiores danos.

A primeira coisa que me fez mudar de opinião foi uma questão inteiramente de ordem prática. Cheguei a cotar passagens para ir ao Brasil com a Gabi em maio, mas o valor (apesar de barato) era muito fora do meu orçamento.

Pensei: melhor deixar para o segundo semestre... Enquanto eu ficava na dúvida, com a música do The Clash na minha cabeça, um amigo chileno me indicou para uma vaga.

Fui chamada para uma entrevista e consegui um trabalho, bem de acordo com o que queria: remoto (posso trabalhar de casa) e com um salário fixo todo mês.

A novidade chegou bem na véspera do aniversário de dois anos da Gabi. Mais uma vez essa guria me deu uma sorte danada!

Além disso, começamos a visitar apartamentos desocupados aqui no nosso edifício. Nossa ideia é mudar para um apartamento maior já que a família aumentou com a chegada da Gabi. Por enquanto, não fechamos com nenhum, mas estou mais otimista até com essa mudança.

Outra coisa bem legal que aconteceu hoje: completei um ano como colaboradora do blog Brasileiras Pelo Mundo (BPM). Fiquei super feliz porque no meio de tanta instabilidade, algum projeto legal vingou. 

Aliás, li um texto hoje no BPM que mexeu muito comigo. Era um texto sobre os 27 anos que a fundadora do blog leva vivendo fora do Brasil.

Ela reuniu o relato de várias brasileiras que vivem mundo afora, desde um anos até 26 anos longe do Brasil. Foi emocionante ler o relato das meninas.

Me senti muito contemplada. Me deu aquela força necessária para seguir lutando pelos meus sonhos e, principalmente, pela minha felicidade.

O bom desses relatos é que a gente vê que é difícil pra todas. Não existe atalho, nem caminho rápido quando se trata da adaptação em terra estrangeira.

Viver em outro país, seja longe, ou perto do Brasil, com uma cultura e um clima parecido, ou totalmente diferente, não é para qualquer um.

Estou bem naquela etapa em que você não se sente nem daqui, nem de lá, mas tenho certeza de que a qualquer momento vou encontrar meu ponto de equilíbrio.


Enquanto não chega esse momento, vou tentando, experimentando, me aventurando. Eu gosto mesmo é das trilhas de pedras, com caminhos bem tortuosos porque no final a sensação de vitória é simplesmente indescritível!

***

Vale da Lua (Chapada dos Veadeiros, GO)

Comentários

  1. Sempre lindas tuas reflexões sobre as vivências em terras estrangeiras...aos poucos vais assimilando e se adaptando a esta nova cultura, sem perder as origens né Belinha??? Beijossss

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    1. Obrigada Re! Nessas horas a gente tem que ser como a água do rio e ir contornando as pedras para seguir em frente. Beijos e saudades!

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  2. Sempre lindas tuas reflexões sobre as vivências em terras estrangeiras...aos poucos vais assimilando e se adaptando a esta nova cultura, sem perder as origens né Belinha??? Beijossss

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