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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

No trem do recuerdo

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Uma das coisas mais bacanas de ser estrangeiro em qualquer lugar do mundo é a minha confortável condição de curiosa pelas coisas desconhecidas. Aqui, no Chile, descobri que existem vários passeios de trem. Como nunca tinha viajado em trem, pensei que essa era a grande oportunidade. O sonho ficou bem perto da realidade depois que meu amor cobriu a viagem inaugural de uma linha para o Sul. Sabendo da minha vontade de viajar de trem, ele fez alguns contatos e conseguiu uma cortesia para nós dois. No sábado, então, pegamos o trem “del recuerdo”, que parte da estação central rumo a San Antonio, cidade portuária no litoral chileno. A viagem é linda! O trem antigo pertence à Empresa de los Ferrocaliles del Estado, que junto com a Associação de Patrimônio Ferroviário, organiza a viagem. É um passeio histórico porque foi desativad há 20 anos. Ali é possível percorrer 110 quilômetros entre a capital do Chile e o litoral. No caminho, é lei abanar para quem está pelo

Feijão tem gosto de saudade

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Esse fim de semana cozinhei uma feijoada aqui no Chile. É um desafio tentar reproduzir um prato brasileiro em outro país. Minha feijoada não tinha farofa, impossível encontrar por aqui. Comprei o feijão a granel num grande mercado local, La Vega. Os “porotos negros” não fazem parte da dieta dos chilenos. Eles comem mais grão de bico ou feijão branco. Também me custou bastante encontrar a couve. Primeiro, tentei descobrir como se dizia couve em espanhol. Nos dicionários, me aparecia uma palavra que não dizia nada a enhuma chileno. O idioma espanhol tem dessas coisas. Na Espanha se fala de um jeito; na América Central, de outro; e na do Sul, nem preciso terminar a frase.... Depois de constatar que ninguém sabia o que era zerba, tentei o jeito mais fácil. Mostrei uma foto da folha de couve para o pessoal aqui. Ficou na mesma. Repolho, me diziam. Repolho não. Eu podia abrir mão da farofa e aceitar que minha feijoada não estaria completa sem um dos princip

Um verão no Chile

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Vir morar no Chile no início do verão foi a melhor ideia que eu já tive. Na realidade, não foi nada planejado, mas muito bem acertado. Simplesmente nem penso no rigoroso inverno chileno. Impossível pensar nisso diante dos 35 graus que enlouquecem os santiaguinos. Eu já tinha vindo para cá no verão, mas nunca tinha passado um verão inteiro no Chile. Também nunca tinha saído de Santiago nessa época do ano. Esse ano foi diferente. Passei três dias maravilhosos em Valparaíso. Fui com uma prima e o filho dela. Alugamos um carro e nos hospedamos em Valpo. De lá, fomos a Viña del Mar para curtir a praia. Aproveitei para encontrar uma amiga jornalista super querida. Também passeamos pelos vinhedos do Vale do Colchagua. Peguei algumas dicas com minha amiga chilena que é natural da região. Ela me indicou quais das vinhas eram mais caras e quais saíam mais em conta. Fizemos uma degustacão deliciosa na Vinha Casas Del Bosque. O lugar é maravilhoso, mas o almoco lá