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Mostrando postagens de junho, 2012

Um livro para ler

Eu tinha escrito que o livro A Era da Loucura renderia algum outro post aqui no blog. Infelizmente, durante a leitura foi impossível escrever qualquer coisa a respeito. A leitura se deu durante o período de mudança de Brasília para Porto Alegre. Foi uma fase intensa, de muitos compromissos e pouca atenção ä leitura. Apesar de todos esses ingredientes, tomei o cuidado de fazer apontamentos e marcar algumas páginas do livro com trechos que realmente mereciam uma reflexão posterior. Agora, divido com vocês essas impressões. Quero deixar claro que são opiniões minhas, a partir das próprias experiências de vida, que acabam determinando o tipo de leitura que temos não apenas dos livros, mas da vida em si. Começo pelo fim do livro, que trata do absurdo do envelhecimento. Depois do que li, acredito que sou uma velha num corpo jovem. Antes que alguém pense “Credo” ou “É isso mesmo, Belinha” gostaria de dizer que fico muito feliz com essa constatação. Que bom que já aprendi algumas cois

O efeito do frio no Fritz

O inverno é a estação da preguiça. Atire a primeira pedra quem não tem vontade de ficar embaixo das cobertas escondido num dia cinza e frio. Eu tenho. O sol é minha principal fonte de energia. Sem ele, fico triste como o dia nublado. Com frio, pior ainda. O Fritz não é diferente. Gato candango, acostumado ao clima seco de Brasília, anda mais preguiçoso que o bicho preguiça. Não desgruda de mim! Precisa de calor humano e, por isso, dorme sobre as minhas pernas onde quer que eu esteja. À noite, faço contorcionismo na cama. Ele deita bem no meio e deixa o que sobra para a dona (no caso eu). Se agora ele está bem espaçoso, em nada esse comportamento lembra o dos dias que antecederam a nossa mudança. Fritz estava assustado. Aquele entra e sai de gente em nossa casa, levando aos poucos nossas coisas, foi bem estressante. Além disso, muita gente gateira queria despedir-se dele. Onde encontrá-lo? Dentro do armário, assustado, acuado. Fiquei super mal quando alguém me disse que el

É isso mesmo!

Hoje li um texto de um jornalista se defendendo de outro jornalista que escreveu um artigo detonando com o tal. Sinceramente, não perco mais meu tempo dando explicações para essas pessoas. Quem realmente me conhece, não dá crédito a essas mentiras. Claro que no caso de um jornalista que escreve para uma importante revista a credibilidade pode ser abalada, não apenas a do profissional, mas do veículo também. Particularmente, não gastaria um centavo numa ação por calúnia e difamação. Porque as pessoas que realmente me conhecem não dão credibilidade para fuxicos. Vivi muita coisa nessa minha passagem por Brasília e aprendi que as pessoas têm o direito de não gostar de mim. Compreendi que as pessoas vão falar mal de você não importa o quanto você seja legal ou sincero. Também aprendi a me preocupar com o que e com quem realmente importa. A vida passa tão rápido que não dá tempo para ficar no rami-rami. Acho triste as pessoas que alimentam fofocas, lamentações, frustrações, ou q

Sem maniqueísmos

Está rolando a Rio +20, evento voltado para o debate sobre desenvolvimento sustentável. Apesar da proposta, ali, não há muito espaço para a divergência de ideias. Quando se trata de alguns temas, como a preservação ambiental, o discurso é o do senso comum. Afinal, ninguém é contra a preservação do meio ambiente. Cada um fica de um lado: quem defende o meio ambiente e... o resto do mundo. É com esse mesmo espírito que algumas pessoas tentam defender Brasília. O discurso fica tão chato, quanto o da gauchada bairrista, que divide tudo: gremista e colorado, chimango e maragato, direita e esquerda. Que preguiça... Na realidade, o que Brasília tem de melhor é justamente a diversidade. Quando as pessoas começam com um discurso muito puritano, me cansa. A cidade é ótima como tantas outras. Todas as cidades têm coisas boas e ruins. Têm atrativos e problemas. Normal! Gostaria de deixar claro que não estou apenas indo embora de Brasília, mas voltando para Porto Alegre, minha cidade nat

Packing

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Estou preparando outra mudança. Novamente, desmontando a casa, vendendo coisas, doando outras. Não é tarefa fácil, mas já estou acostumada. A cada mudança, uma nova descoberta e um jeito mais tranquilo de fazer acontecer. Ontem, despachei três caixas para Porto Alegre. Com a venda dos móveis e eletros, devem sobrar roupas e objetos que cabem em algumas poucas malas. Fora isso, o que mais estou levando? Levo experiência e conhecimento que não cabem em caixas, nem em malas. Coisas que vivi, pessoas que conheci, lugares que visitei. Vai tudo junto comigo. Mesmo aquilo que ficou para trás, no passado, está aqui. Vou embora porque quero ir, não por uma imposição do destino. Volto para Porto Alegre porque quero estar perto da família. Passei quase dez anos longe de casa. Agora, é hora de voltar, me dar essa chance, encarar as dificuldades e vantagens do caminho que escolhi. Brasília é ótima. Tem um clima bom, ótimas oportunidades de trabalho e amigos queridos. Porto Alegre tamb